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Saúde Alzheimer afeta o cérebro de idosos e causa perda de memória e distúrbios de comportamento, como delírios e agressividade

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Família dos pacientes deve adaptar a rotina da casa aos inconvenientes da doença. (Crédito: Reprodução)

Sem controle remoto à vista, doces escondidos, local para guardar o dinheiro para emergências sempre trancado. Essas são algumas das medidas para manter fora do alcance de uma pessoa com Alzheimer itens importantes, que podem ser escondidos, perdidos ou até mesmo destruídos pelo paciente. “A gente decidiu esconder o controle remoto há uns três anos, pois a minha mãe ficava mudando de canal a cada dois minutos. Não lembrava que tinha acabado de mudar para outra emissora”, conta Ivani Pinto, 50 anos, filha de Magdalena Tanoeiro Pinto, 84.

“Fizemos a mesma coisa com os doces, pois se a gente comprava um pacote de bombons, ela colocava em algum lugar e esquecia. Revirávamos a casa e nada. Depois de uns meses, ela aparecia com o pacote fechado, dizendo: ‘Olha o que eu achei’. E a gente perguntava onde ela tinha encontrado os doces, mas minha mãe não tinha a menor ideia”, relata Ivani.

O mesmo ocorreu com dinheiro, que ficava em um criado-mudo ao lado da cama idosa. Foi retirado de lá após a paciente desaparecer com 700 reais há um ano – o montante foi reencontrado por ela da mesma forma que achou o pacote de doces, cerca de três meses depois do sumiço.

“Tem certas coisas que a gente não consegue impedir. Não conseguimos fazê-la parar de abrir a geladeira umas 20 vezes por dia para ver se está faltando algo e, às vezes, perder uma panela de comida por ela querer ajudar e colocar óleo diversas vezes”, revela Ivani.

Segundo o clínico-geral e geriatra Paulo Camiz, com a progressão da doença, o paciente pode apresentar distúrbios de comportamento, como delírios, agitação e agressividade. “Nessa fase, são essenciais a paciência e a compreensão da família”, frisa.

Avanços científicos.

Cientistas que buscam um tratamento para atrasar o avanço do Alzheimer receberam com esperança os resultados de um pequeno ensaio clínico realizado por uma empresa sediada em Singapura. Ela desenvolveu o fármaco experimental LMTM com o objetivo de reduzir o acúmulo de proteínas tau no cérebro – que deixa de funcionar corretamente quando essa proteína se acumula de forma anormal, provocando degenerações nos neurônios que acarretam a maioria das demências.

O estudo envolveu 891 pessoas com suspeita de Alzheimer. Mas a novidade ficou por conta de um subgrupo menor, de cerca de cem pacientes, que tomou exclusivamente o LMTM, produzido pela TauRx Therapeutics Ltd., e que não recebia nenhum outro tratamento para a doença. Eles mostraram ritmo de atrofia cerebral lento, conforme os resultados apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, realizada em Toronto, no Canadá.
Hoje, quase 47 milhões de pessoas no mundo sofrem algum tipo de demência, número que deverá subir para 131,5 milhões até 2050, segundo a federação Alzheimer’s Disease International. Não há cura para a doença, mas a FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) aprovou cinco remédios nos últimos 20 anos para tratar seus sintomas. Na maioria das pessoas, os sinais da doença começam depois dos 60 anos. E a proporção de pessoas com a doença dobra a cada cinco anos a partir dos 65 anos de idade.

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