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Mundo Amigos relatam racismo de atirador que matou nove nos EUA

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Dylann tem fotos com a bandeira dos Estados Confederados da América. (Foto: Reprodução)

O atirador Dylann Roof declarou sua motivação racista antes de abrir fogo no massacre que deixou nove mortos em uma igreja frequentada pela comunidade negra em Charleston, no Estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Sobreviventes do ataque contaram às autoridades que, antes de iniciar os disparos, o jovem branco de 21 anos disse que estava lá “para atirar em negros”, segundo a rede de TV norte-americana CNN.

Testemunhas também afirmaram que Dylann se juntou ao grupo de estudos da Bíblia na igreja metodista Emanuel, um templo de importância histórica para os negros do Sul dos EUA, por volta das 20h de quarta-feira (17). Ele ficou sentado e quieto por cerca de uma hora, até o momento em que se levantou e abriu fogo. Entre as seis mulheres e três homens que foram mortos, estava o pastor e senador estadual Clementa Pinckney. As vítimas, todas negras, tinham entre 26 e 87 anos. Dylann teria poupado uma das três sobreviventes para que ela contasse sobre o massacre, conforme o jornal The Washington Post.

Enquanto o Departamento de Justiça abre uma investigação para determinar se o ataque pode ser enquadrado como “crime de ódio” racial, algo que agravaria a pena do agressor, amigos de Dylann relataram à imprensa um crescente comportamento racista do jovem nos últimos meses. “Ele dizia coisas sobre como as raças deviam ser segregadas, e que brancos têm que ficar com brancos”, declarou Joseph Meek, um amigo de infância que voltou a se relacionar com Dylann neste ano, ao diário The New York Times. “Ele dizia que estava planejando fazer algo louco.”

Outro amigo ouvido pelo jornal, Dalton Tyler, contou que o atirador falava em sua vontade de “começar uma guerra civil”. Ele lembrou de um episódio em que a dupla andava de automóvel e, ao ver uma mulher negra passando, Dylann utilizou um termo racista e afirmou: “Eu vou atirar em você”.

Bandeiras

Em sua página no Facebook, Dylann tem fotos com a bandeira dos Estados Confederados da América (unidade política criada no século 19 com seis Estados escravistas do Sul dos EUA) na placa de seu carro. Também mostra jaqueta com símbolos referentes ao período do Apartheid na África do Sul e na antiga Rodésia, antes de se tornar o Zimbábue.

O presidente norte-americano Barack Obama criticou nessa sexta-feira a presença de uma bandeira dos Estados Confederados que está hasteada na sede do Estado da Carolina do Sul. Esta simboliza a secessão de alguns Estados do Sul dos EUA durante a Guerra Civil (1861-1865). Também é vista como símbolo rebelde e racista, por remontar à época da escravidão. Para Obama, a bandeira deve pertencer a um museu.

Acusações

Em sua primeira aparição após ser preso, Dylann compareceu a uma corte nessa sexta-feira, em que o juiz estabeleceu fiança de 1 milhão de dólares para a acusação de posse de arma. Em relação às outras acusações, disse que não tinha autoridade para estabelecer fiança. Ele foi acusado de nove homicídios. Dylann estava em uma sala com dois guardas e evitou olhar para a câmera que o filmava e transmitia a imagem aos presentes na corte. Dylann falou apenas para confirmar a sua idade e que é desempregado.

O jovem teria confessado a agressão e dito que pretendia instigar novos confrontos raciais, relatou a rede CNN citando uma fonte policial. Uma fonte da polícia teria dito à CNN que Dylann contou aos investigadores que ele “queria começar uma guerra racial” quando foi até a igreja na noite de quarta-feira.

“Eu te perdoo, minha família te perdoa”, disse Anthony Thompson, reverendo que perdeu a esposa Myra Thompson no ataque, a Dylann. “Gostaríamos que você aproveitasse essa oportunidade para se arrepender… Faça isso e você será melhor do que é agora.”

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