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Mundo Amsterdã lança um guia de bom comportamento para turistas

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O Red Light district, um dos locais mais famosos em Amsterdã. (Foto: Reprodução)

Não são muitos os destinos de férias populares que se preocupam com o comportamento ruim de alguns turistas investindo tempo e dinheiro para tentar solucioná-lo. Mas esse é o desafio que cada vez mais afeta Amsterdã, cidade onde o número de visitantes subiu mais de 60 por cento na última década, fomentado pelas promoções de companhias aéreas de baixo custo, acomodações baratas e a facilidade de viajar por uma Europa sem fronteiras.

Com seus canais centenários, centro histórico vibrante e cenário artístico em ascensão, a cidade se orgulha de sua riqueza cultural; apesar disso, há uma percepção geral cada vez mais aguda de que certas pessoas vão ao maior centro do país por causa de interesses escusos, ou seja, a maconha e a prostituição. Ambos são legalizados, mas promovem um comércio que talvez esteja fazendo mais mal do que bem.

Outros destinos também enfrentam um número insano de visitantes, como as Ilhas Galápagos, Dubrovnik, na Croácia, e Veneza. Todos se preocupam com o turismo excessivo incentivado pela tecnologia, incluindo aplicativos como o Airbnb, geralmente citado como uma das causas do problema. Em Amsterdã, porém, não são só os números de turistas que representam uma dificuldade; seu comportamento também deixa muito a desejar.

As autoridades estão tentando resolver a questão. Femke Halsema, a nova prefeita, visitou o bairro da luz vermelha em De Wallen, em julho, um mês após assumir o cargo. Logo depois, seu governo anunciou uma série de medidas para tentar acabar com a má conduta geral.

Entre elas, a aplicação e pagamento de multa de até 140 euros (US$165) no local, para quem for pego urinando em público, ficar bêbado ou fazer barulho excessivo (os policiais passarão a andar equipados com a famosa “maquininha”, para facilitar o pagamento com cartão); limpeza pública rigorosa; contratação de “anfitriões” adicionais, ou seguranças que circularão de camiseta laranja, treinados para fornecer informações e lembrar as pessoas das regras, que incluem a proibição de consumo de bebida alcoólica na rua e tirar fotos das prostitutas.

Talvez mais importante seja o fato de a prefeitura também estar apostando em uma campanha publicitária para tentar convencer os visitantes a respeitar a cidade e suas regras.

Iain Mills, de 24 anos, que recentemente esteve em Amsterdã com um grupo de amigos, é o tipo de turista que o governo tem em mente: depois de sair de Londres no meio da manhã em um voo a preço promocional, o britânico já estava bebendo cerveja em um terraço ao longo do canal no início da tarde. “A conveniência da viagem é um dos atrativos, sem dúvida. Não é a minha primeira vez na cidade, e também não será a última”, diz o rapaz.

Mascha ten Bruggencate é parte da administração; é sua a tarefa de fazer com que as novas medidas sejam obedecidas. Para ela, qualquer campanha que se faça deve ter início em um lugar, no mínimo, óbvio. “O bairro da luz vermelha é símbolo do problema”, diz ela.

Em uma noite de sábado recente, Stoofsteeg, viela da região cheia de “vitrines” para os prostíbulos, estava tão lotada de turistas espiando a mulherada, que para andar 45 metros o pessoal estava levando quinze minutos, na base do empurra. Um casal com o filho no carrinho desistiu antes de chegar à metade. No ano passado, vinte milhões de turistas visitaram Amsterdã. Segundo cálculos da prefeitura, durante os horários de pico no fim de semana, até seis mil pessoas por hora passam pelo tal beco – ou pelo menos tentam.

Os moradores reclamam que não há policiamento suficiente para garantir a segurança de todos e que De Wallen agora fica tão superlotado que as ambulâncias têm dificuldade em chegar aos feridos e/ou doentes. O ombudsman local, Arre Zuurmond, descreveu a cena como “uma selva urbana sem lei” em entrevista concedida ao jornal Trouw, publicada em julho. As prostitutas, por sua vez, reclamam que o excesso de curiosos afasta os clientes.

O headhunter Pim van Burk, de 33 anos, mora no andar de cima de um dos bordéis do trecho e garante que o barulho não o incomoda, mas que o excesso de gente dificulta a chegada em casa. Para tentar solucionar o problema, acabou instalando uma segunda campainha na bicicleta. “Assim o pessoal pensa que tem mais de uma e sai da frente”, explica.

 

 

 

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https://www.osul.com.br/amsterda-lanca-um-guia-de-bom-comportamento-para-turistas/ Amsterdã lança um guia de bom comportamento para turistas 2018-10-23
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