Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2015
A Gol liberará, a partir desta terça-feira, o uso de celulares durante todo o voo – desde que no modo avião, em que não há transferência de dados ou conexão à internet. A autorização foi dada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na última quinta-feira. Trata-se da primeira companhia aérea a ter esse aval – a agência também está analisando pedidos similares da TAM, da Azul e da Avianca.
A partir desta terça-feira, não será mais pedido aos passageiros para desligarem os celulares assim que a aeronave ligar os motores. Na prática, poderão ficar ligados, durante todo o voo, celulares, tablets, videogames, notebooks, leitores de livros digitais, entre outros.
Hoje, esses aparelhos têm de ser desligados quando o avião está prestes a decolar ou a aterrissar; podem operar assim que a aeronave atinge 3.048 metros, ou 10 mil pés. Fazer chamadas e navegar na internet, porém, continuam proibidos.
Há outra mudança, esta a adaptação a um hábito que, mesmo proibido, já é consagrado entre os passageiros: será oficialmente permitido ligar o celular, conectar-se à internet ou fazer chamadas tão logo o avião pouse. Atualmente, as companhias informam aos passageiros que isso não é autorizado.
Na decolagem e no pouso, os equipamentos terão que ser guardados, mesmo ligados, por segurança; uma freada brusca, por exemplo, pode fazer algum aparelho voar na cabine e machucar um passageiro.
Há um mês, a Gol anunciou também que, a partir do ano que vem, passará a ter wi-fi a bordo dos aviões. O serviço já é oferecido hoje por empresas norte-americanas que voam para o Brasil.
Atraso
O que começa a entrar em vigor nesta terça-feira com uma única companhia aérea já vale nos Estados Unidos desde 2013. Lá, a indústria conseguiu comprovar que não há interferência significativa de equipamentos eletrônicos na aeronave.
Em 2014, a Europa anunciou uma nova etapa: abriu caminho para que passageiros possam também trocar mensagens de texto e se conectar à internet. Isso não se aplica a períodos anteriores e durante pousos e decolagens. O Brasil ainda não tem previsão de implantar esse uso. (Ricardo Gallo/Folhapress)