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Celebridades “Anunciar a aposentadoria foi um grande erro”, disse Robert Redford

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Robert Redford na estreia de "The Old Man & the Gun" no Festival de Toronto, em setembro. (Foto: Reprodução)

Isso começou como uma entrevista sobre o final de uma carreira. Mas em algum momento entre anunciar que não trabalharia mais como ator, no começo de agosto, e a estreia, no final de setembro, em Nova York, daquele que seria seu último filme, “The Old Man & the Gun”, Robert Redford aparentemente mudou de ideia.

“Creio que cometi um grande erro”, ele disse, um dia depois da estreia. “Não me lembro de como o assunto surgiu, mas terminei dizendo alguma coisa sobre aposentadoria. E o que eu deveria ter feito, na verdade, era dizer coisa nenhuma sobre isso, e abandonar discretamente o negócio, ingressando em uma nova categoria”.

Em “The Old Man & the Gun”, dirigido por David Lowery, Redford interpreta um sujeito difícil de capturar, com o qual ele tem diversas semelhanças: Forrest Tucker, assaltante de bancos especialista em fugir da prisão —um sujeito cavalheiresco, charmoso e pronto para qualquer coisa, que nem os presídios de San Quentin e Alcatraz foram capazes de conter.

Sissy Spacek é Jewel, a viúva que conquista Tucker mesmo sem acreditar completamente em suas histórias grandiosas, e Casey Afleck é John Hunt, o investigador texano determinado a levar Tucker e seus encanecidos comparsas (Danny Glover e Tom Waits) à Justiça.

Como Tucker, Redford ainda está com tudo, aos 82 anos: a voz sonora de um poeta western, os cabelos revoltos e o sorriso demolidor, tudo isso acompanhado pelos eCOsMpóPAliRoTsILdHEe um grande veterano do cinema — o Oscar como melhor diretor por “Gente Como a Gente”, o Oscar honorário recebido por uma carreira que inclui a criação do Sundance Institute.

Em entrevista no TimesCenter, em companhia de Spacek e Lowery, Redford falou sobre o poder do “era uma vez”, e explicou por que pretende nunca mais dizer nunca. Abaixo, trechos da conversa

Você nos surpreendeu ao anunciar que talvez não vá se aposentar, afinal?

Olha, eu estou nesse ramo desde os 21 anos, ou seja, faz muito, muito tempo. E aí você começa a pensar que é hora, é hora – não de parar, porque não consigo me imaginar parando, mas de avançar para um novo território. Mas quando falei sobre isso, atraí atenção demais para mim, em vez de chamar a atenção para o objetivo de minha presença lá, que era promover e apoiar o filme que David Lowery fez.

Por que você escolheu “The Old Man & the Gun” como, supostamente, seu trabalho final?

Meu filme anterior [“Nossas Noites”, com Jane Fonda] foi um trabalho pesado, porque era uma história de amor entre pessoas mais velhas, e era muito dramático, muito triste, com alguns tons muito sombrios. E por isso imaginei que, sei lá, seria legal sair daquilo e ir para um lugar positivo, otimista. E encontrei o veículo perfeito. E além disso era uma história verdadeira. Ele roubou bancos 17 vezes, foi capturado 17 vezes, terminou sentenciado à prisão 17 vezes e escapou 17 vezes. É essa a história que me conquistou, porque ele sempre fez tudo isso com um sorriso.

Você sempre se divertiu ao interpretar foras da lei

Quando menino, crescendo em Los Angeles, eu jamais quis violar a lei, mas tampouco queria me sentir restringido pela lei. Queria ficar ligeiramente de fora. Queria a liberdade. E, quando consegui escapar dos problemas que criei para mim mesmo na juventude, decidi que aquilo parecia natural para mim. E assim me deixei atrair por papéis que permitiam interpretar foras da lei, como em “Butch Cassidy”. Os foras da lei eram foras da lei, mas era divertido assisti-los, porque estavam se divertindo.

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