Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
Ao falar sobre a crise política do Brasil, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse nessa terça-feira que não apaga incêndio com gasolina. “Eu apago incêndio com água”, afirmou.
Em seu segundo dia de palestras em Nova York (EUA), o vice-presidente falou na American Bar Association sobre os desafios institucionais e a coordenação política no País. Ele lembrou ter assumido a articulação política em um momento “um pouco complicado” da economia brasileira.
Para Temer, a coordenação política requer construir as condições para a governabilidade e implica diálogo com o objetivo de ouvir demandas, acomodar interesses e somar contribuições.
Ainda sobre a crise política, que se agravou com o anúncio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de rompimento com o governo, Temer reforçou que a divergência do parlamentar é de natureza pessoal e não representa a posição atual do partido do qual ele é presidente.
“Não significa uma crise institucional. Pode ocorrer que o PMDB resolva deixar o governo especialmente se, em 2018, pretender ter uma candidatura presidencial. Mas vai fazê-lo suavemente, como uma questão política e não uma questão de atrito pessoal”, declarou.
Por fim, ele ressaltou que caso seja o candidato do PMDB à Presidência e seja eleito, manterá o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no governo. (ABr)