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Brasil O inquérito que investiga o desembargador Rogério Favreto por suposta prevaricação ao conceder o habeas corpus de Lula chegou ao Supremo

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Decisão inusitada de Favreto dividiu opiniões. (Foto: Divulgação/TRF-4)

O inquérito judicial que investiga o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), pela suposta prática de crime de prevaricação chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal) na última sexta-feira (16). A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, determinou a abertura do inquérito em julho por entender que o magistrado agiu fora de sua competência ao conceder liminar em habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Plantonista do TRF-4 no dia 8 de julho, um domingo, Favreto expediu duas decisões que mandavam soltar Lula e que foram posteriormente derrubadas pelo presidente da Corte, Thompson Flores, e pelo relator da Operação Lava-Jato, João Pedro Gebran Neto.

O inquérito tramitava no STJ (Superior Tribunal de Justiça), Corte competente para julgar supostos crimes de desembargadores, mas foi encaminhado ao STF porque também apura a participação dos deputados petistas Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, que, por serem parlamentares, devem responder a supostos delitos perante o Supremo. O processo tramita em segredo de justiça e tem como relator o ministro Luís Roberto Barroso.

Ao requerer a abertura do inquérito judicial, a procuradora-geral entendeu que houve partidarismo na decisão de Favreto, mencionando que o desembargador já foi filiado ao PT, além de assessor da Casa Civil no Governo Lula. “Este histórico revela que a conduta do representado não favoreceu um desconhecido, mas alguém com quem manteve longo histórico de serviço e de confiança e que pretendeu favorecer”.

“As notórias e estreitas ligações afetivas, profissionais e políticas do representado com o réu, cuja soltura ele determinou sem ter jurisdição no caso, explicam a finalidade de sua conduta para satisfazer interesses pessoais e os inexplicáveis atos judiciais que emitiu e os contatos que fez com a autoridade policial para cobrar urgência no cumprimento de suas decisões”, argumentou ao pedir a abertura das investigações.

A procuradora-geral escreveu ainda que, ao conceder o habeas corpus a Lula, Favreto apresentou “elementos de ato ilícito praticado dolosamente com o objetivo de satisfação de sentimentos e objetivos pessoais, tipificado pela lei penal”. Segundo Raquel, a conduta de Favreto “revogava a ordem de prisão de um condenado em segundo grau de jurisdição, que havia sido confirmada em todas as instâncias extraordinárias de modo notório em todo o Brasil e especialmente naquele TRF-4, que a emitira”.

A procuradora-geral afirmou ainda que os deputados petistas Paulo Pimenta, Wadih Damous e Paulo Teixeira tinham o “objetivo confessado de afetar a credibilidade do Poder Judiciário”. Neste sentido, para Raquel, “a fundamentação adotada” por Favreto “ao decidir pedido de reconsideração feito pelo MPF, indica sua adesão a este propósito”.

Para Raquel, Rogério Favreto “desonrou a higidez e a honorabilidade de seu cargo. Ele agiu por motivos pessoais e expôs todo o Poder Judiciário. Agiu de forma parcial e, assim, quebrou uma regra de conduta inviolável para a magistratura, que é da imparcialidade e da impessoalidade”.

Outro lado 

A assessoria do desembargador Rogério Favreto informou que o desembargador não irá se manifestar. O deputado Paulo Pimenta afirmou que a abertura do inquérito é uma “violência contra o Estado Democrático de Direito”. “É uma tentativa explícita de intimidação perversa e descabida”, disse.

Os deputados Wadih Damous e Paulo Teixeira não se manifestaram.

 

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https://www.osul.com.br/ao-conceder-habeas-corpus-de-lula-o-inquerito-que-investiga-o-desembargador-rogerio-favreto-por-suposta-prevaricacao-chegou-ao-supremo/ O inquérito que investiga o desembargador Rogério Favreto por suposta prevaricação ao conceder o habeas corpus de Lula chegou ao Supremo 2018-11-20
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