Quarta-feira, 17 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de abril de 2017
Ao menos oito termos de depoimentos prestados pelo empresário Marcelo Odebrecht, em sua delação premiada à Operação Lava-Jato permanecem sob sigilo, de acordo com um levantamento feito pelo colunista Matheus Leitão, do jornal O Globo junto às decisões do ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os documentos, identificados pelos números 7, 9, 12, 35, 44, 48, 50 e 51, dizem respeito a oitivas de Marcelo. É possível que o material tenha como foco informações sobre crimes cometidos fora do País ou fatos ocorridos no Brasil mas que a PGR (Procuradoria-Geral da República) teria decidido manter em segredo para não atrapalhar as investigações da força-tarefa.
As colaborações relacionados aos crimes internacionais permanecem sob sigilo devido a um acordo de cooperação internacional cujas tratativas estão em andamento. O MPF se comprometeu a mantê-los nessa condição por até seis meses para que a empreiteira Odebrecht possa fechar seus acordos de leniência (espécie de delação feita por empresas) no exterior.
Ex-presidente do conglomerado empresarial que leva o sobrenome de sua família, Marcelo está preso em Curitiba pela Lava-Jato desde junho de 2015.