Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de abril de 2017
Cem dias depois de o republicano Donald Trump ter entrado na Casa Branca, a sede do governo dos Estados Unidos, qualquer balanço sobre o que ele fez ou deixou de fazer é uma perda de tempo para milhões de norte-americanos. Isso não interessa a seus eleitores. Interessa que ele está lá.
O jornal norte-americano Washington Post e o canal de TV ABC News ouviram 1004 norte-americanos em uma pesquisa, durante a semana, para falar sobre os 100 dias de Donald Trump na presidência: 96% dos eleitores que votaram nele voltariam a fazer o mesmo e apenas 2% estão arrependidos; por outro lado, só 85% dos que votaram em Clinton continuam satisfeitos com essa decisão – os arrependidos não votariam em Trump, mas se pudessem viajar no tempo para o passado escolheriam um terceiro candidato ou ficariam em casa. Nos Estados Unidos, o voto é facultativo
Se a sondagem refletisse o que se passa em todo o país, esta oscilação não só voltaria a colocar Trump na Casa Branca, como também lhe daria uma vitória no voto popular. Trump não tem apoiadores: tem adeptos. E daqueles ferrenhos, que não viam o seu partido ganhar desde que nasceram.
Para muitos, a eleição de Trump não foi uma vitória – foi uma vingança. E é isso que torna a análise aos primeiros 100 dias uma perda de tempo para eles: uma vitória tem de ser confirmada com mais vitórias, para que não seja um acontecimento isolado; uma vingança basta-se a si mesma, e ser concretizada apenas uma vez é precisamente a sua finalidade.
Para muitos outros eleitores de Trump, “em 100 dias é impossível fazer tudo o que o presidente quer fazer”, e o culpado disso tem um nome. Ou dois nomes: Barack Obama. Ou quatro: Barack Obama e Partido Democrata.
“Trump está focado em tudo. Os problemas que ele tem em mãos são os problemas que a administração Obama lhe deixou. Nenhum presidente pode fazer o que quer que seja sozinho”, disse um eleitor do magnata.