Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Apenas 8% dos brasileiros com mais de 60 anos continuam trabalhando

Compartilhe esta notícia:

Segmento corresponde, no País, a 19% das pessoas em idade de trabalhar. (Foto: Reprodução)

Os brasileiros com 60 anos ou mais correspondem a 19% das pessoas do País ainda em idade de trabalhar, mas somente 8% deles estão na ativa.  Com a reforma da Previdência, esse número vai ter de subir, pois os maiores de 50 anos estão na mira do governo. A proposta é definir as idades mínimas de 65 anos para os homens e de 62 para mulheres ingressarem no benefício.

No último trimestre de 2018, 93 milhões de brasileiros estavam trabalhando, nem todos com carteira assinada.  Desse total, 7,5 milhões têm a partir de 60 anos, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do último trimestre de 2018.

Os idosos representam aproximadamente 16% da população total do País. Em 2015, último ano em que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o dado, o continente de aposentados trabalhavam era de 5,2 milhões.

Entraves

Seguir no mercado após os 60 anos pode não ser tão fácil. A coordenadora do curso de capacitação em RH da FGV (Fundação Getulio Vargas) e mentora de carreiras Anna Cherubina diz que são muitos os desafios em um mercado que está em profunda transformação.

Conforme a pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a força de trabalho madura, que inclui quem tem de 50 a 64 anos, é que vai ser afetada antes pela reforma. Ela considera a idade mínima ainda menos preocupante ante o tempo de contribuição proposto, que subirá de no mínimo 15 anos para 20 anos.

O que mais afeta a empregabilidade é a qualificação, a capacidade de a pessoa acompanhar as mudanças tecnológicas. Depois, vem a saúde. Um funcionário de saúde frágil falta muito e sofre mais com questões de mobilidade, por exemplo.

Ainda segundo Ana Amélia, vem caindo o número de trabalhadores na faixa dos 60 a 64 anos. Em 1992, 400 mil eram ‘nem nem’, pois não trabalhavam e também não estavam aposentados. No ano passado, esse número bateu 2 milhões:  “É uma população muito fragilizada. É necessário ter uma política de emprego”.

“Nem-nem”

A pesquisadora chama a atenção, ainda, para um segmento da população que não para de crescer: pessoas entre 50 e 64 anos que não trabalham nem estão aposentadas. São os chamados “nem-nem” maduros.

Com base nos dados do Ipea, ela ressalta que esse contingente dobrou nas duas últimas décadas, chegando a 7,3 milhões de brasileiros em 2017, dado mais recente. Em comum, têm a baixa escolaridade, que dificulta o acesso ao emprego formal.

Essa condição vem crescendo de forma mais expressiva entre os homens, embora eles sejam minoria no grupo. São 1,7 milhão de homens entre os “nem-nem” maduros, alta de 282% desde 1999. Já o crescimento entre as mulheres é menos acelerado, com uma taxa de 75% na mesma comparação. Em 2017, elas eram 5,6 milhões “nem-nem” maduras.

O segmento masculino é mais vulnerável à pobreza porque, geralmente, as mulheres sem trabalho e sem aposentadoria nessa faixa etária estão inseridas em arranjos familiares de apoio. Contam com a renda do marido ou têm maior assistência de filhos e outros parentes. Os homens sem trabalho e sem escolaridade nessa faixa etária são responsáveis pela renda da família ou vivem sozinhos.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Mísseis, tanques e caças: as notícias falsas na fronteira do Brasil com a Venezuela
Terceira noite de confrontos entre frequentadores e Brigada Militar na Cidade Baixa
https://www.osul.com.br/apenas-8-dos-brasileiros-com-mais-de-60-anos-continuam-trabalhando/ Apenas 8% dos brasileiros com mais de 60 anos continuam trabalhando 2019-03-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar