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Brasil Apesar do caso da Caixa Federal, Michel Temer defendeu o direito de a classe política indicar dirigentes para empresas estatais

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Taxa mínima nas linhas com recursos da poupança na Caixa caiu de 10,25% para 9% ao ano. (Foto: Banco de Dados)

O presidente Michel Temer defendeu o direito da classe política de indicar dirigentes para estatais, apesar da polêmica em torno da investigação de vice-presidentes da Caixa Econômica Federal. Recentemente, o presidente decidiu afastar quatro executivos da estatal após recomendação do MPF (Ministério Público Federal), que tem como base suspeitas de corrupção investigadas pelo órgão e pela Polícia Federal. Alguns desses vice-presidentes eram ligados à lideranças partidárias.

Ainda assim, Temer evitou comparação com a situação na Petrobras, estatal que foi alvo de esquema de corrupção nos governos petistas. “Situação da Caixa não estava tão dramática quanto a da Petrobras”, disse. “A classe política foi eleita pelo voto, tem o direito de indicar dirigentes para estatais. Agora cabe ao governo escolher se aceita a indicação”.

Temer lembrou ainda que foi o presidente que sancionou a Lei das Estatais, “buscando moralidade administrativa”, que estabelece regras mais rígidas para nomeação de diretores nas empresas brasileiras. As afirmações foram feitas em entrevista ao vivo, concedida pelo presidente ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes em São Paulo.

Temer também rebateu críticas sobre a questão do desmatamento durante seu governo. Ele defendeu que ambientalistas precisam “saudar” sua gestão. “Neste último ano, o desmatamento reduziu 16%. Ao longo do tempo, aumentos as reservas (florestais)”, argumentou.

PDV

A Caixa prepara para este início de ano um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária), depois de lançar mão de dois planos desse tipo em 2017. A redução de custos com pessoal faz parte de uma política de “choque de gestão” na Caixa, iniciada no ano passado e intensificada nas últimas semanas com o afastamento definitivo de vice-presidentes por suspeita de irregularidades.

Em 2017, o banco estatal recorreu duas vezes a PDVs para enxugar o quadro de funcionários, que hoje beira 88 mil servidores. No primeiro plano, encerrado em março, houve adesão de 4,6 mil colaboradores. Já o segundo, finalizado em agosto, teve 2,7 mil inscritos. Dados do balanço de setembro apontam para uma economia de R$ 500 milhões com os dois programas.

O banco ainda tem cerca de 3 mil funcionários próximos da aposentadoria que se encaixam nos critérios para aderir a um PDV. A expectativa é que haja queda das despesas com pessoal neste ano, cenário que será apoiado por um ajuste operacional que inclui a limitação em 6,5% da folha do custeio do plano de saúde dos funcionários. Segundo o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, o novo PDV deve ter início neste trimestre.

A aprovação de um novo estatuto, instituição de um plano de reforço de capital sem uso do dinheiro do FGTS e a criação de barreiras às indicações políticas para cargos de direção fazem parte da nova política, que tenta corrigir problemas de gestão do banco. Algumas das medidas, principalmente as relacionadas aos apadrinhamentos, já encontram resistência na classe política.

A reforma no estatuto da Caixa teve inspiração na Petrobras, que também passou por um choque de gestão depois dos casos de corrupção revelados pela Lava Jato, com fraudes em licitações e desvio de bilhões de reais.

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