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Brasil Apesar do dólar alto no Brasil, a compra de eletrônicos e outros produtos pode ser vantajosa para quem vai aos Estados Unidos

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Moeda norte-americana baixou 0,87%, cotada a R$ 3,85 na venda. (Foto: EBC)

O alto valor do dólar frente ao real ainda não inviabilizou as compras de quem planeja viajar para os Estados Unidos, ao menos nos itens mais desejados, como eletrônicos e enxovais de bebê. Uma comparação entre os preços de 48 produtos nas lojas brasileiras e norte-americanas, considerando-se o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6,38%, mostra que 33 produtos se mantém atrativos lá fora, enquanto 15 são mais baratos por aqui.

Em média, os artigos eletrônicos estão 63% mais caros no Brasil, mesmo em um cenário no qual a moeda estrangeira está cotada em um patamar de R$ 3,70 na venda (valor definido na sessão da última sexta-feira). Celulares importados, como o iPhone, não são contemplados pela Lei do Bem, que reduz a zero a alíquota de PIS/Cofins de eletrônicos (ou seja, são muito mais caros do que os produzidos no Brasil).

Por outro lado, perfumes – por terem uma margem de diferença pequena de preço entre os mercados nacional e estrangeiro – são os primeiros itens que podem ser descartados das compras de viagem. Em média, são 4% mais baratos no Brasil. O Carolina Herrera Good Girl, por exemplo, é 21% mais barato no site da Sephora brasileira do que no norte-americano.

Já cosméticos, como batom e delineadores, ainda compensam, mas alguns têm uma vantagem pequena, como o batom matte da M.A.C.. “De maneira geral, ainda vale a pena comprar lá fora”, diz Marcel Balassiano, pesquisador de economia da FGV (Fundação Getulo Vargas). “Aqui há uma elevada carga tributária que interfere muito.” Ele aconselha os futuros turistas a comprar dólar aos poucos, para não serem pegos de surpresa pelo câmbio às vésperas da viagem.

Mesmo alto, o dólar ainda não assustou quem está viajando para os Estados Unidos em busca de pechinchas, segundo a “personal shopper” Priscila Goldenberg, que ajuda casais a montarem o enxoval de bebê em Miami. “Só quando chegar a R$ 5 vai deixar de valer a pena vir para cá. Compensa para comprar carrinho, babá eletrônica, móbile, bomba para tirar leite, roupas”, diz Goldenberg, que atende 100 casais por mês.

Nos produtos para bebês, os preços são 80% maiores em lojas brasileiras como Alô Bebê e Amar Amar. A cadeirinha Skip Hop, por exemplo, sai por R$ 1,7 mil no Brasil e pouco mais de R$ 500 nos Estados Unidos, incluindo o o IOF do cartão.

O limite de isenção tributária para compras de turistas brasileiros nos Estados Unidos é de US$ 500 (quase R$ 2 mil pela cotação ao final da semana passada). “Tenho uma cliente que me disse outro dia: compro nos Estados Unidos porque sou pobre. Se fosse rica, comprava no Brasil”, diz Goldenberg. Dependendo do tipo de produto, preços são maiores nas lojas daqui.

Turismo

Para economizar, os passageiros já começam a cortar dias de lazer, escolher hotéis mais baratos e buscar promoções. Emerson Amaral, diretor de uma das empresas de viagens do Grupo Flytour, afirma que a oscilação recente ainda não é drástica a ponto de provocar cancelamento de pacotes que já estavam contratados. Para os clientes novos, as duas últimas semanas foram de espera ou corte de custos, a depender do perfil do viajante.

“Quem ainda está fazendo cotação resolveu esperar. Faz muita reserva mas fica um pouco no ‘stand-by’. Quem já tem data de férias definidas e realmente quer ir corta o número de dias. Se pretendia ficar dez dias, agora encurta para oito”, diz Amaral.

Viagens para destinos brasileiros, alternativa em tempos de dólar alto, não se destacaram ainda, segundo Aldo Leone Filho, sócio da Agaxtur: “Julho é inverno no Brasil e chove no Nordeste. O que estamos vendo agora é um aumento da procura por Bariloche. Fazia uns quatro anos que não vendia tanto Bariloche quanto agora. A turma está vendo que o câmbio baixou na Argentina e está indo para lá”.

Emerson Belan, diretor-geral da CVC Turismo, afirma que a empresa já vinha se adequando com o lançamento de pacotes mais curtos para responder à tendência prevista pelo fracionamento de férias. “Ajustamos para a próxima temporada os roteiros de navio para quatro ou oito dias. Lançamos frete de sete dias para Jericoacoara (CE), mas tem pacote até com quatro dias”, ressalta.

Nas últimas semanas, a CVC lançou um roteiro com destino a Dubai, para onde são necessárias cerca de 15 horas de voo do Brasil, para ficar apenas sete dias em um navio. O executivo afirma que as viagens internacionais estão crescendo a taxas mais baixas hoje do que há um mês.
A Submarino Viagens afirma que aumentou o volume de pesquisa e preços e decidiu intensificar as promoções para resgatar o viajante espantado pelo câmbio.

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