Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2015
Esta é a segunda vez neste ano que Paris é alvo de ataques de radicais islâmicos. Em 7 de janeiro, atiradores invadiram a sede da revista satírica Charlie Hebdo e depois atacaram um supermercado de produtos judaicos. Doze pessoas morreram nas investidas.
Agora, o novo atentado deixou, por enquanto, 129 mortos e mais de 350 feridos. No anúncio oficial, o grupo terrorista Estado Islâmico apontou as razões para a escolha dos alvos. O Bataclan é chamado de local de “promiscuidade e idolatrias”. O presidente francês François Hollande, que estava no Stade de France para o amistoso entre França e Alemanha, é chamado de “imbecil”. O grupo diz que esse é apenas o início de uma tempestade contra o Ocidente.
A França se tornou alvo dos jihadistas pelo que representa. Paris é um símbolo da cultura e dos valores ocidentais, como a liberdade, algo que os radicais abominam.
Mas não muito longe da Paris dos cartões-postais existe uma outra, pobre, sem muita segurança, para onde vão os imigrantes ilegais que não têm documentos franceses, por isso, não podem trabalhar formalmente e vivem do jeito que dá. Os radicais procuram seus recrutas ali. (Roberto Kovalick/AG)