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Mundo Após 70 anos, uma tela de Renoir roubada pelos nazistas volta à neta do dono

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Sylvie Sulitzer com a tela de Renoir recuperada. (Foto: Reprodução)

Uma pintura de Renoir roubada pelos nazistas de uma abóboda do Banco de Paris foi devolvida a seu legítimo proprietário após uma odisseia de 70 anos que passou por África do Sul, Londres, Suíça e Nova York. Em 2009, a tela tinha um valor estimado entre 150 e 200 mil dólares.

“Duas Mulheres Num Jardim”, pintada em 1919, no último ano de vida do impressionista francês Pierre-Auguste Renoir, finalmente volta às mãos da neta de seu proprietário judeu, que por décadas tentou recuperá-la.

Sylvie Sulitzer, a última herdeira de seu avô Alfred Weinberger, um destacado colecionador de arte no pré-guerra de Paris, recebeu o trabalho das autoridades americanas durante uma cerimônia no Museu do Patrimônio Judeu em Nova York.

Apesar de Sulitzer ter conhecido seu avô, ela não tinha ideia da existência do Renoir desaparecido até que um escritório de advogados alemão, especializado na recuperação de arte saqueada pelos nazistas de famílias judias, a contatou no começo de 2010.

“Estou muito grata por poder mostrar à minha querida família, onde quer que estejam, que depois de tudo o que passaram houve justiça”, disse Sulitzer

Outras quatro obras de Renoir e uma de Delacroix, que também pertenciam a seu avô, devem ainda ser recuperadas, disse Sulitzer à AFP.

Os nazistas roubaram o quadro em dezembro de 1941 da abóboda de um banco onde Weinberger armazenou sua coleção quando fugiu de Paris, no começo da Segunda Guerra Mundial.

Depois que a paz retornou à Europa, Weinberger por décadas tentou recuperar suas obras, registrando sua reclamação às autoridades francesas em 1947 e às alemãs, em 1958.

As autoridades americanas asseguraram que o Renoir ressurgiu pela primeira vez em uma venda de arte em Johannesburgo em 1975, antes de chegar a Londres, onde foi vendido novamente em 1977. Foi colocado à venda mais uma vez em Zurique, Suíça, em 1999.

Somente quando foi à leilão por um colecionador privado na Christie’s de Nova York, anos mais tarde, a casa de leilões chamou o FBI.

Seu “dono” anterior eventualmente concordou em renunciar à pintura. Acredita-se que cerca de 100 mil peças de arte e milhões de livros foram roubados de judeus franceses e de judeus que viajaram à França antes do começo da ocupação nazista, em 1940.

Os aliados encontraram cerca de 60 mil obras de arte desaparecidas na Alemanha e as devolveram à França.

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