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Brasil O músico Gilberto Gil cancelou um show que faria em Israel no mês que vem. O motivo é a morte de palestinos na Faixa de Gaza

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Artista já se apresentou no país em 2015, apesar de protestos. (Foto: Gerard Giaume/Divulgação)

O músico brasileiro Gilberto Gil anunciou o cancelamento de um show que faria em Tel Aviv (Israel) no dia 4 de julho. A decisão foi informada menos de uma semana após o Exército do país judeu matar cerca de 60 palestinos durante um protesto na faixa de Gaza.

Embora não tenha creditado a decisão aos incidentes, a produtora responsável pela apresentação mencionou “apreensão com o momento sensível que Israel atravessa” e pediu compreensão a um assunto “que também é delicado para nós”.

O comunicado à imprensa afirma, ainda, que Gil ama Israel e que “haverá outras oportunidades, em tempos melhores”. A apresentação reuniria o artista baiano (que completará 76 anos no mês que vem), seu filho Bem Gil e outros artistas, destacando o repertório do disco “Refavela” (1977), um dos mais importantes de sua carreira.

A decisão de Gil foi elogiada pelo movimento BDS, que significa “Boicote, Desinvestimento e Sanções”. A campanha defende retaliações econômicas, acadêmicas, culturais e políticas a Israel para pressionar pelo pelo fim da ocupação de territórios palestinos.

“Recebemos calorosamente o cancelamento de Gilberto Gil de concerto que apresentaria em Tel Aviv, o centro do regime de ocupação e apartheid de Israel”, afirmou Hind Awwad, líder de um grupo palestino que compõe o Comitê Nacional do BDS.

“Agradecemos aos admiradores de Gil no Brasil e na América Latina, que, com seu suporte aos direitos humanos dos palestinos e sua indignação com relação ao último massacre de Israel em Gaza, parecem ter desempenhado um papel decisivo sobre a decisão do artista.”

No entendimento dos palestinos, Gil pode ter agido também por pressão de seus fãs. Nas últimas semanas, conflitos na região tiveram dezenas de mortos – desde março, são mais de cem. Israel vem sendo alvo de críticas de outros países e de entidades de defesa dos direitos humanos por usar táticas letais durante os confrontos com Gaza, alegando a necessidade de defender a sua fronteira.

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A decisão de Gil também foi elogiada por nomes da música internacional, como o grupo britânico Portishead, e entidades que defendem o boicote a Israel em decorrência das ocupações e ações militares do país na região. Autoridades de Tel Aviv ainda não se manifestaram sobre o cancelamento.

Em 2015, Gil e seu conterrâneo e amigo Caetano Veloso, em turnê conjunta para celebrar os então 50 anos de carreira de ambos, foram criticados por fazerem show em Tel Aviv, em Israel. À época, fazia um ano que uma ofensiva militar israelense havia deixado mais de 2 mil mortos em Gaza.

Fãs e movimentos sociais chegaram a reunir mais de 5 mil assinaturas em abaixo-assinados sob o título “Tropicália Não Combina com Apartheid”. Mesmo sob críticas e apelos de colegas como o músico britânico Roger Waters (ex-Pink Floyd) para que boicotassem Israel, Gil e Caetano mantiveram a agenda e realizaram o espetáculo, apesar de criticarem a ocupação dos territórios palestinos pelos israelenses.

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