Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Celebridades Após críticas de Bolsonaro, produtores defendem filme “Bruna Surfistinha”

Compartilhe esta notícia:

"A arte tem que ser ampla, abrangente, a gente precisa poder falar sobre tudo, para que, através da arte, consiga debater sobre tudo", falou Deborah Secco sobre as declarações de Bolsonaro.

Produtores que trabalharam em “Bruna Surfistinha” ficaram indignados com declaração de Jair Bolsonaro da última quinta-feira (18). O presidente disse que não usaria dinheiro da Ancine (Agência Nacional do Cinema) para fazer este filme, que relata a vida de uma menina de classe média que deixou os pais adotivos e se tornou prostituta.

Quem trabalhou na película lembra que ela gerou centenas de empregos, e que a série, gravada após o filme, foi uma das mais vistas na América Latina — e está na quarta temporada. “Bruna Surfistinha” teve mais de 2 milhões de espectadores, a segunda maior bilheteria de 2011.

Raquel Pacheco

Raquel Pacheco, mais conhecida como a ex-prostituta Bruna Surfistinha, rebateu as declarações do presidente da república Jair Bolsonaro, de que não pode “admitir que com dinheiro público se façam filmes (como esse)”, mencionando o longa “Bruna Surfistinha”, lançado em 2011 com Deborah Secco no papel principal.

Ao jornal Extra, Raquel, que trabalha DJ e oferece um serviço on-line de consultoria sexual, classificou a fala do presidente como “infeliz” e disse que ele “deveria cuidar da moral da própria família”.

“Sobre mais uma infeliz declaração do Bolsonaro, eu digo que ele, antes de fazer juízo de valor sobre os outros, ele deveria cuidar da moral da própria família, e ainda do nosso país. Afinal, ele está cuidando demais do que não precisa e fazendo pouco do dever dele principal, que é ser presidente”, disse ela.

O filme “Bruna Surfistinha” é baseado no livro “O doce veneno do escorpião”, lançado por Raquel em 2005, e levou mais de 2 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros.

A declaração de Jair Bolsonaro foi feita durante a solenidade de 200 dias de governo, realizada na última quinta-feira, em Brasília. Na ocasião, o presidente aproveitou para manifestar também sua intenção de mudar a sede da Ancine do Rio para a capital federal.

Nesta sexta-feira (19), Bolsonaro participou de evento em uma igreja evangélica em Brasília, e foi foi questionado se já tinha assistido ao filme. “Eu não, pô! Vou perder tempo com Bruna Surfistinha? Tenho 64 anos de idade”, respondeu o presidente.

Deborah Secco

Protagonista do filme Bruna Surfistinha (2011), que conta a história real da ex-garota de programa Raquel Pacheco, Deborah Secco se disse “triste” e “um pouco chocada” com a declaração do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira 18. Em evento comemorativo dos 200 dias de seu governo, o presidente assinou uma medida que transfere o Conselho Superior do Cinema do ministério da Cidadania para a Casa Civil e afirmou que não pode “admitir que com dinheiro público façam filme como o da Bruna Surfistinha”.

Em áudio enviado por sua assessoria de imprensa, a atriz defendeu a ideia de que é papel da arte colocar temas variados em debate. “Eu fiquei muito triste”, disse. “A arte tem que ser ampla, abrangente, a gente precisa poder falar sobre tudo, para que, através da arte, consiga debater sobre tudo.”

“Eu fico um pouco chocada do Bruna Surfistinha ter sido colocado nesse lugar, porque o filme retrata uma história real, né, não só da Raquel, da Bruna, mas de milhares de mulheres que se encontram nessa situação”, continuou. “E o que a gente queria com o filme era debater e falar sobre como a população lida com essa realidade, trazer o debate à tona. A gente não pode pegar um tema que existe, que é super real, antigo, porém muito atual, e esconder, fingir que ele não existe, né? Tampar com uma cortininha e não falar sobre isso.”

“Uma das funções da arte é essa, fazer com que a gente consiga debater, resolver questões que por muitas vezes são esquecidas ou escondidas”, disse. “A gente queria muito que nenhuma mulher estivesse vivendo nessa situação, que não tivesse que se vender para sobreviver, mas essa não é a realidade do nosso País.”

Deborah finalizou afirmando que tem orgulho do longa. “Eu sou muito orgulhosa desse filme, ele me trouxe uma nova visão sobre essa realidade. Espero que tenha trazido para várias outras pessoas que o assistiram”, afirmou.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Celebridades

A Polícia Federal prende a mulher de um senador
Procon divulga a mais recente pesquisa de preços dos combustíveis em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/apos-criticas-de-bolsonaro-produtores-defenderam-o-filme-bruna-surfistinha/ Após críticas de Bolsonaro, produtores defendem filme “Bruna Surfistinha” 2019-07-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar