Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2015
O encontro entre o padre pop Fábio de Melo e a travesti Luana Muniz, na quadra da Mangueira, no Rio, dividiu opiniões na internet.
De um lado, alguns apontam o relato como um passo importante para a visibilidade da causa LGBT.
Mas algumas vozes da própria comunidade destoam, argumentando que a transfobia ainda está presente no discurso de Fábio, apesar de seu relato.
Para Carlos Tufvesson, da Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, a repercussão da foto com a presença de Luana ao lado do padre é que choca.
“Me espanta o furor causado pelo abraço de um padre numa travesti, porque a mensagem de Cristo, ao menos no catecismo que estudei, era amar ao próximo como Deus nos ama, e isso não exclui ninguém. Aliás, considero grave um sacerdote recusar acolher um filho de Deus em função de sua orientação sexual ou identidade de gênero”, opina Tufvesson.
Nas redes sociais, algumas postagens chamaram atenção para certos “vícios” apresentados por Fábio de Melo em seu relato, como o chamamento de Luana no masculino, ignorando a identidade de gênero da travesti. (AG)