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Mundo Após massacre, os norte-americanos destroem suas armas e as mostram nas redes sociais

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Após massacre, os norte-americanos destroem suas armas nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

No Estado de Nova York, um homem serrou seu rifle AR-15 e postou o vídeo no Facebook. Em Connecticut, uma mulher fez o mesmo com a sua pistola. Não muito longe de Parkland, Flórida, onde ocorreu o último massacre, outro americano deu destino semelhante à sua arma, levando-a para polícia e pedindo para que ela fosse destruída.

 Esses atos são uma resposta ao assassinato de 17 pessoas por um jovem de 19 anos, em uma escola da Flórida. Munido de uma AR-15, o jovem atirou contra alunos e professores, desencadeando uma nova onda de manifestações pela restrição na venda de armas. Alguns donos de pistolas e rifles decidiram abrir mão de suas armas espontaneamente.

Scott Papalardo, de 50 anos, é um desses americanos. Morador de Scotchtown, em Nova York, se considera um defensor ferrenho da Segunda Emenda (artigo da Constituição americana cuja interpretação é usada como justificativa para o direito à posse de armas). Mas diante do ataque na Flórida reconsiderou algumas de suas posições.

“Mais 17 vidas perdidas. Quando faremos uma mudança? Quando teremos leis que digam: talvez, uma arma como essa não seja aceitável no mundo de hoje? As pessoas culpam problemas mentais, videogames e pais ruins. Mas em última instância são as armas que tiram vidas”, disse Papalardo em um vídeo no Facebook.

Na mesma postagem, ele serra seu fuzil favorito, um AR-15, comprado há 30 anos. Com a hashtag #oneless (um a menos), o vídeo conseguiu 375 mil curtidas e mais de 425 mil compartilhamentos.

Um morador dos arredores de Parkland, Ben Dickmann, levou sua AR-57, variação da AR-15, para a polícia do Condado Broward para que fosse devidamente destruída. “Eu adorava atirar com esta arma. Mas não preciso dela. Tenho outras com que posso me divertir tanto quanto”, disse.

Na postagem do Facebook em que anunciava sua decisão, o americano foi duramente criticado por defensores das armas, que o acusavam de ser covarde ou mentalmente perturbado.

Apesar da recente onda de protestos, as armas ainda são muito populares no país. Ao todo, as de modelo AR, que têm sido usadas repetidas vezes em massacres, somam mais 12 milhões de unidades em circulação. Chris Waltz, presidente e executivo-chefe da associação Donos de AR-15 da dos EUA, chama de reações exageradas as iniciativas de destruição de armas.

“Não é um problema de armas. É um problema social. Temos que atacar o que está acontecendo na cabeça dessas crianças. Destruir armas não faz sentido nenhum. Se você for um dono responsável, que não é maluco, por que faria algo assim?”, explica Waltz.

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