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Brasil Após mil dias do fim da Copa do Mundo, metade dos estádios têm média inferior a cinco mil pagantes

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Estádio Mané Garrincha (Foto: Arquivo Agência Brasil)

Alguns poucos elefantes brancos, outros tantos vazios. Exatos mil dias depois do fim da Copa do Mundo de 2014, metade dos estádios utilizados têm, em 2017, uma média de público inferior a cinco mil pagantes por jogo.

Ao todo, as arenas que receberam as melhores seleções do mundo abriram seus portões para jogos de futebol 135 vezes este ano. Em média, pouco mais de 7 mil torcedores por jogo pagaram ingresso para ver.

Fortaleza, Brasília, Natal, Recife, Cuiabá e Manaus são as cidades sedes dos seis estádios do Mundial que não conseguem levar mais do que cinco mil pessoas por jogo no começo desta temporada. Ao todo, o custo da construção das seis arenas, somado, é de mais de R$ 4 bilhões.

Alguns números assustam. O Mané Garrincha, na capital federal, recebeu 14 jogos este ano, com média de público inferior a 4 mil pessoas. Os números seriam ainda piores se Flamengo x Grêmio, pela Primeira Liga, e Flamengo x Vasco, pela Taça Rio, não tivessem acontecido por lá. Só com os jogos locais a média de público, seria de pífios 379 pagantes. Há duas semanas, o estádio, que foi o mais caro da Copa (R$1,4 bilhão), e tem capacidade para quase 70 mil pessoas, recebeu o confronto entre Sobradinho e Ceilândia para 98 pagantes.

Situação parecida vive a Arena Pantanal, em Cuiabá. O estádio recebeu 65% do público total de 17 jogos em uma única partida, entre Luverdense e Corinthians, pela Copa do Brasil.

Nos confrontos entre times locais e da região, são só 7076 ingressos vendidos em dezesseis borderôs. O pior público do Estadual local aconteceu no estádio da Copa do Mundo: 62 pagantes no confronto entre Cuiabá e União. A ocupação média do Cuiabá, que manda todos os seus jogos no local, é de menos de 1% da capacidade total do estádio, que é de 41.112 torcedores.

Só quatro estádios conseguiram até aqui, este ano, serem usados com alguma frequência e apresentar uma média de público respeitável. Todos ficam na região Sul ou Sudeste e são os únicos que têm clubes de Série A ou B jogando regularmente tendo os palcos do Mundial como sua casa: Itaquerão, Mineirão, Arena da Baixada e Beira-Rio (mandos, respectivamente, de Corinthians, Cruzeiro, Atlético-PR e Internacional).

“Os estádios da Copa vão transformar o futebol local nessas cidades”, disse, à época das obras, o então Ministro dos Esportes Aldo Rebelo. Mil dias depois do fim do torneio, os números levam o torcedor a conclusões bem diferentes.

 

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