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Por Redação O Sul | 31 de julho de 2017
Os economistas do mercado financeiro elevaram pela segunda semana consecutiva a sua estimativa de inflação para este ano, informou nesta segunda-feira (31) o BC (Banco Central) por meio do Boletim Focus. O movimento acontece após a alta da tributação sobre combustíveis anunciada recentemente pelo governo para tentar alcançar a meta fiscal de 2017.
De acordo com o levantamento da autoridade monetária, a inflação deste ano deve ficar em 3,40%. No relatório anterior, os economistas estimavam que a inflação ficaria em 3,33% em 2017. Apesar da alta, a nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Na época, o País ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa. Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN.
Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%. Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação ficou estável em 4,20%.
PIB e juros
Para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2017, o mercado financeiro manteve a sua estimativa de crescimento em 0,34%. Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão da economia em 2%.
O mercado financeiro também manteve a sua previsão para a taxa básica de juros da economia de 8% ao ano para o fechamento de 2017. Ou seja, os analistas continuaram a estimar uma redução dos juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 9,25% ao ano. Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic recuou de 8% para 7,75% ao ano. Com isso, estimaram que os juros terão uma queda maior no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio do dólar no fim de 2017 ficou estável em R$ 3,30. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana permaneceu em R$ 3,43.
A projeção do Boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 permaneceu em US$ 60 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit caiu de US$ 45,5 bilhões para US$ 45 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões. (AG)