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Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2017
O mercado financeiro elevou pela terceira semana consecutiva a sua estimativa de inflação para este ano e passou a prever uma queda maior nos juros, informou nesta segunda-feira (07) o BC (Banco Central) por meio do Boletim Focus.
De acordo com os economistas, a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve ficar em 3,45% em 2017. No relatório anterior, o mercado financeiro estimava que a inflação ficaria em 3,40%. O movimento acontece após a alta da tributação sobre os combustíveis, anunciada recentemente pelo governo para tentar aumentar a arrecadação e alcançar a meta fiscal de 2017.
A previsão ainda mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Na época, o País ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa. Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil ficou estável em 4,20%. O índice segue abaixo da meta central para o ano que vem, que também é de 4,5%.
PIB e Juros
Para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2017, o mercado financeiro manteve a sua estimativa de crescimento em 0,34%. Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram a projeção de expansão da economia em 2%.
O mercado financeiro também baixou a sua previsão para a Selic (taxa básica de juros da economia) de 8% para 7,5% ao ano para o fechamento de 2017. Ou seja, os analistas passaram a estimar uma redução maior dos juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 9,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a Selic recuou de 7,75% para 7,5% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para o dólar no fim de 2017 caiu de R$ 3,30 para R$ 3,25. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana recuou de R$ 3,43 para R$ 3,40.
A projeção para o resultado da balança comercial em 2017 permaneceu em US$ 60 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 45 bilhões para US$ 47,6 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões. (AG)