Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Após o ex-assessor de Michel Temer prestar depoimento para a Polícia Federal para falar das acusações do doleiro Lúcio Funaro, o presidente da República se encontrou com o depoente

Compartilhe esta notícia:

O encontro entre Temer e o ex-assessor ocorreu no escritório do presidente da República na capital paulista, entre compromissos oficiais. (Foto: Reprodução)

O presidente Michel Temer aproveitou sua viagem a São Paulo na sexta-feira para se encontrar com o ex-assessor do Palácio do Planalto e advogado José Yunes. A reunião ocorreu cerca de uma semana depois de Yunes ter prestado depoimento à PF (Polícia Federal) para prestar esclarecimentos em relação a informações relatadas aos investigadores pelo operador financeiro Lúcio Funaro, que fez delação premiada com o Ministério Público.

O encontro entre Temer e o ex-assessor ocorreu no escritório do presidente da República na capital paulista, entre compromissos oficiais. A reunião com Yunes, no entanto, não constava da última atualização de agenda do presidente.

Em sua delação, Funaro disse, entre outras informações, que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu a ele, em 2014, que retirasse R$ 1 milhão que seriam de Temer no escritório de Yunes, em São Paulo, e enviasse o dinheiro para Salvador.

Em fevereiro, Yunes disse ter servido de “mula involuntária” de Eliseu Padilha, atual ministro da Casa Civil. Na versão de Yunes, o ministro pediu a ele que recebesse um documento no escritório, que depois seria recolhido por outra pessoa. José Yunes concordou. A pessoa seria Funaro.

O operador financeiro também disse em delação premiada que Yunes era um dos responsáveis por administrar as propinas supostamente pagas ao presidente e por fazer o “branqueamento” dos valores.

De acordo com Funaro, para lavar o dinheiro e disfarçar a origem, o ex-assessor do Planalto investia os valores ilícitos em sua incorporadora imobiliária.

A Secretaria de Comunicação Social confirmou que Yunes e Temer se encontraram no escritório do presidente nesta sexta-feira e acrescentou que eles se encontraram depois, na casa da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), “onde estavam outros peemedebistas”.

Questionado sobre se o depoimento de Funaro havia sido discutido na reunião entre Temer e Yunes, a assessoria do presidente afirmou que a pauta foi o “PMDB”. A Secom ressaltou ainda que Temer e o advogado “são amigos há 50 anos”.

Funaro e Geddel

Em audiência, Funaro ficou cara a cara com Geddel. Ele voltou a dizer que o ex-ministro fazia ligações constantes para sua mulher, Raquel Pitta. Ao ser questionado, porém, se ela chegou a lhe reportar se Geddel havia feito alguma ameaça, ele disse que não. Também negou ter recebido promessa de dinheiro do ex-ministro.

Antes de Funaro, a própria Raquel prestou depoimento nesta terça. Ela também voltou a citar o suposto interesse de Padilha no caso e a troca de advogado promovida por Funaro.

“Ele (Funaro) achou ótimo (o antigo advogado) ter saído do caso. Achava que podia passar (informações) para Padilha”, contou Raquel Pitta.

Raquel voltou a dizer ainda que, após a prisão do marido em julho de 2016, recebia ligações constantes de Geddel. Ela até quis parar de atender os telefonemas, mas Lúcio alertou que isso poderia levantar suspeitas e fazer com que Geddel desconfiasse de que ele estaria tentando fazer uma delação. Por outro lado, Raquel afirmou que o ex-ministro sempre foi gentil e não cravou que as ligações representassem um tipo de ameaça ou intimidação.

“Muita gente me ligou. Se não foi no dia (da prisão), foi no dia seguinte (que Geddel ligou). Não vou lembrar, porque estava nevosa. Foi próximo disso. Não teve coação. Perguntava como estava, prestava solidariedade”, disse Raquel.

A irmã do delator, Roberta Funaro Yoshimoto, também foi ouvida. Ela afirmou que Raquel lhe mostrou uma mensagem mandada por um contato salvo como “Carainho” na agenda de seu celular. Tratava-se de um apelido dado por Funaro a Geddel.

“Eu não me recordo exatamente as palavras (da mensagem). Mas era algo equivalente a questionar o que tinha dado na cabeça do Lúcio para mudar de advogado”, contou Roberta, que disse ainda: “O nome que aparecia eu até achei estranho. Mas acho que era Carainho”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

O Exército brasileiro destituiu um general por ele ter criticado o presidente Michel Temer
O Supremo Tribunal Federal deixou para a última semana antes do início do recesso julgamentos polêmicos e relacionados ao combate à corrupção
https://www.osul.com.br/apos-o-ex-assessor-de-michel-temer-prestar-depoimento-para-policia-federal-para-falar-das-acusacoes-do-doleiro-lucio-funaro-o-presidente-da-republica-se-encontrou-com-o-depoente/ Após o ex-assessor de Michel Temer prestar depoimento para a Polícia Federal para falar das acusações do doleiro Lúcio Funaro, o presidente da República se encontrou com o depoente 2017-12-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar