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Geral Após oito meses, Cisne Branco retorna ao Guaíba

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Embarcação voltou ao Cais do Porto nesta manhã. (Foto: Ricardo Giusti/PMPA)

Porto Alegre recebeu de volta um dos seus símbolos: o Cisne Branco. Depois de oito meses em recuperação, após ter adernado no temporal da noite de 29 de janeiro, a embarcação retornou ao Cais do Porto às 10h da manhã desta terça-feira (27). Em clima de festa, com direito à espumante quebrado no casco e uma apresentação da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, dezenas de porto-alegrenses participaram do ato.

Ao elogiar a diretora do barco, Adriane Hilbig, em buscar recursos e parcerias para a reforma, o prefeito José Fortunati falou da importância do Cisne Branco, que foi o primeiro barco de turismo no Guaíba. “Ele tem um papel fundamental no turismo local, não só para o estrangeiro como para o cidadão daqui que vê Porto Alegre de um outro ângulo. Em nome da cidade, agradeço este retorno.”

O prefeito lembrou ainda que o projeto da Orla do Guaíba, que já está 60% das obras concluídas, prevê um ancoradouro especial para o barco. “Até o final do ano, ele fará parte do novo cenário turístico da cidade. Porto Alegre não está mais de costas para o Guaíba”, disse, ao citar também a requalificação do Cais do Porto, e a nova avenida Beira Rio e o viaduto Abdias do Nascimento.

Dia Mundial do Turismo

Completamente recuperado, remodelado e modernizado, o barco volta às águas do Guaíba no Dia Mundial do Turismo. Após 38 anos de história, ganhou banheiro adaptado, sistema de sol e luz e automação comercial. “É uma alegria muito grande. Representa muito para a nossa família e para a cidade”, disse Adriane, ao agradecer a todos os parceiros e o apoio da população.

Ela fez uma homenagem às arquitetas Agatha Arboitte e Monique Fontes que, como as novas madrinhas, procederam à tradicional quebra de um espumante no casco.

Ao saudar os responsáveis pelo retorno do Cisne Branco, o representante da Marinha do Brasil, capitão-de-corveta Cláudio Luiz Estrella Pereira, falou da satisfação de vê-lo inserido novamente no cenário da Capital. “É uma alegria tê-lo de volta, assim como a cidade foi prontamente recuperada após aquele incidente”, observou.

Também participaram do evento, o secretário adjunto do Turismo, José Peres, e o superintendente de Portos e Hidrovias, Erlo Pitrosky.

O Cisne Branco estará aberto à visitação a partir desta quarta-feira (28), entre 9h e 18h. No final de semana, será divulgada a programação a partir de outubro.

Temporal

O Cisne Branco adernou na noite do dia 29 de janeiro, com o forte temporal que atingiu Porto Alegre. Técnicos trabalharam durante 58 dias para retirar a água de dentro da embarcação e finalizar o procedimento de reflutuação, operação delicada e demorada que requer muitos cuidados no sentido de preservar a integridade do casco. Voltou a flutuar em 27 de março de 2016. Esta etapa teve o seu custo estimado em R$ 950 mil.

Foram retiradas nove toneladas de entulho e praticamente todo o mobiliário e equipamentos tiveram que ser descartados. O barco foi rebocado para estaleiro em São Jerônimo para restauração. O trabalho ficou sob responsabilidade do engenheiro naval Ricardo Rinaldi, e o novo projeto teve diretrizes baseadas em modernização e funcionalidade para agregar não só valor estético como também conforto e acessibilidade para os passageiros.

O Cisne Branco

A embarcação Cisne Branco foi construída por uma agência de viagens, a Orgatur, em 1976, já que não existiam embarcações adequadas para o turismo na cidade. A empresa adquiriu um estaleiro, contratou equipe técnica, armou e construiu três embarcações, incluindo o maior e majestoso, o Cisne Branco. Batizado com o nome que lembra o nome do Hino da Marinha Brasileira, foi lançado às águas em 1978.

Licenciado inicialmente para 200 passageiros, em 38 anos de operações, sofreu reformas de modernização, segurança e funcionalidade. Seu ponto de embarque-desembarque, que sempre fora chamado de “Doca Turística”, localizada na zona Norte, foi transferido para o Centro da cidade em 1991, para o portão central do Cais do Porto de Porto Alegre.

Além dos passeios regulares que eram oferecidos na época, foi feito um trabalho para posicionar o Cisne Branco também como um Espaço Cultural Flutuante, palco de diversas manifestações culturais realizadas até hoje.

Com 40 metros de comprimento (proa a popa), sete metros de largura e 15 metros de altura, possui casco duplo, de aço, fundo chato, especial para navegação interior, dotado de quatro compartimentos estanques: praça de máquinas, salão de festas, copa e cozinha e camarotes da tripulação.

São três decks (pisos):

– panorâmico (superior/terraço), que conta com mesas e bancos, cabine de comando e camarote do comandante;
– intermediário, onde se situa o restaurante, com bar, copa, mesas e o acesso para embarque/ desembarque dos passageiros;
– inferior, onde se encontra o salão de festas ou danceteria, com pista de dança, mesas, bar, copa, cozinha, sanitários, camarote da tripulação e praça de máquinas.

 

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https://www.osul.com.br/apos-oito-meses-cisne-branco-retorna-ao-guaiba/ Após oito meses, Cisne Branco retorna ao Guaíba 2016-09-27
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