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Brasil Após polêmica, Janot reaparece em silêncio e lança livro em evento esvaziado

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Na noite do lançamento, Rodrigo Janot vendeu apenas 43 dos 550 exemplares da obra disponíveis. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot fez, na noite desta segunda-feira (07), a sua primeira aparição em um evento após a polêmica envolvendo entrevistas que ele deu para divulgar o seu livro, “Nada Menos que Tudo”.

Se há duas semanas ele disse que entrou armado em 2017 no Supremo Tribunal Federal com a intenção de matar Gilmar Mendes – fala que provocou reações das classes política e jurídica –, desta vez Janot ficou calado. “Hoje é só palavra escrita”, limitou-se a dizer.

O ex-procurador esteve na Livraria da Vila, nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, para autografar exemplares do livro de memórias feito por ele em depoimento aos jornalistas Guilherme Evelin e Jailton Carvalho. Apesar do barulho anterior ao lançamento da obra, poucas pessoas formaram uma fila para pegar a rubrica do ex-procurador, que vendeu apenas 43 dos 550 exemplares disponíveis na noite.

A maioria dos presentes era formada por jornalistas, seguranças e funcionários da editora Planeta, responsável pelo livro. Janot chegou atrasado. A sessão de autógrafos foi marcada para as 19h, mas ele se sentou na cadeira no fundo da livraria 21 minutos depois. Às 19h43min, já não havia mais ninguém na fila. Depois, alguns leitores foram chegando a conta-gotas.

Não esteve presente nenhuma grande autoridade do Judiciário ou mesmo do Ministério Público Federal, que ele comandou entre 2013 e 2017.

No andar de cima da livraria, o lançamento de um livro de direito empresarial juntou mais gente. Antes das 20h, todos os cem exemplares de “Direito Empresarial – Estudos Jurídicos em Homenagem a Maria Salgado”, organizado por Graziela Amaral e Luciana Santos, já tinham sido vendidos.

No lançamento do seu livro, Janot recusou-se a esclarecer o tumulto causado pela declaração de que planejou assassinar o ministro Gilmar Mendes e se matar em seguida.

O ex-procurador revelou que entrou armado no Supremo em 2017 e só não puxou o gatilho porque o “dedo indicador ficou paralisado”. No livro, ele conta o episódio de maneira resumida, sem nomes ou detalhes.

A motivação seria um suposto comentário de Gilmar de que a filha do ex-procurador teria ligações pouco republicanas com empresas da Lava-Jato. Letícia Ladeira Monteiro de Barros é advogada e representara a empreiteira OAS no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

“Em um dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha”, diz Janot na obra. “Só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: Não.”

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