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Brasil Após prisão de Dirceu, PT nega corrupção e diz que doações ao partido são legais

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José Dirceu foi preso na manhã dessa segunda-feira, na 17 fase da Operação Lava-Jato. (Reprodução)

Em nota oficial divulgada no final da tarde dessa segunda-feira, o PT (Partido dos Trabalhadores) reafirmou que as doações feitas à legenda aconteceram dentro da legalidade e refutou as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou tenha participado de qualquer esquema de corrupção. A nota não faz menção à prisão do ex-ministro José Dirceu, apesar de ter sido emitida no mesmo dia em que ele foi preso.

Dirceu foi preso na manhã de segunda-feira, na 17 fase da Operação Lava-Jato. A PF (Polícia Federal) também levou o computador pessoal de Dirceu e seu telefone celular e a Justiça decretou o bloqueio de 20 milhões de reais de suas contas. O bloqueio é preventivo e não significa que o valor está depositado nas contas dos investigados.

Para os investigadores, Dirceu é um dos responsáveis por criar o esquema de corrupção na Petrobras quando era ministro da Casa Civil, no primeiro governo Lula, e teve papel de comando nesse esquema.

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu e sócio dele na JD Consultoria, também foi preso, em Ribeirão Preto (SP). Outro detido é Roberto Marques, ex-assessor do petista. Ainda foram presos o lobista Fernando de Moura, Olavo de Moura, Pablo Kipersmit e o funcionário da Petrobras Celso Araripe.

Investigações apontam que o ex-ministro repetiu na Petrobras o esquema adotado no mensalão. Dirceu foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão, por corrupção ativa, ficou 11 meses e 20 dias na cadeia e hoje cumpre pena no regime aberto.

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