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Brasil Após proibição, Justiça libera a venda de ativos da JBS/Friboi

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Irmãos Joesley e Wesley Batista são os donos da JBS/Friboi. (Foto: Divulgação)

A JBS/Friboi informou nesta quinta-feira (13) que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu uma liminar à empresa removendo a proibição em negociar a venda de seus negócios de carne bovina na Argentina, no Paraguai e no Uruguai ao grupo Minerva.

A venda foi fechada no início de junho, por US$ 300 milhões, e envolve todas as ações das subsidiárias da JBS com operações de carne bovina nos três países vizinhos ao Brasil. O negócio foi a primeira venda de ativos da empresa desde os escândalos da operação Carne Fraca e da delação premiada dos donos do grupo JBS, que colocaram a empresa no centro do noticiário político.

A venda dos ativos havia sido suspensa pela Justiça Federal por causa da investigação da Operação Bullish, que apura irregularidades nos financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a JBS.

“A referida decisão autoriza ‘que a JBS possa dar curso normal às suas atividades, para comprar e também para vender bens componentes de seu ativo, em especial a totalidade das ações de suas subsidiárias detentoras das operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai ao Grupo Minerva’”, diz o comunicado.

Liberação pelo Cade

No início da semana, a superintendência-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) havia aprovado, sem restrição, a compra pela Minerva das operações de carne bovina da JBS na Argentina, Paraguai e Uruguai. A aprovação foi publicada na segunda-feira (10) no Diário Oficial da União.

Negócios da JBS

A JBS iniciou seu projeto de internacionalização em 2005 com a aquisição da Swift Armour, maior produtora e exportadora de carne bovina na Argentina. A empresa está no centro de uma forte crise política após as delações da empresa atingirem o governo de Michel Temer. Desde a eclosão do escândalo envolvendo investigações de corrupção na empresa, suas ações acumulam forte queda na Bolsa, com perda de cerca de R$ 8 bilhões em valor de mercado.

No mês passado, o grupo J&F, controlador da JBS assinou com o MPF (Ministério Público Federal) acordo de leniência que prevê o pagamento de multa de R$ 10,3 bilhões em 25 anos. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu ao menos 11 processos para investigar irregularidades da JBS, entre elas para apurar a veracidade de informações divulgadas pela empresa e sua conduta ao fechar acordo de colaboração premiada com a Justiça.

A expansão dos negócios da JBS nos últimos anos se deu com o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O faturamento do frigorífico saltou de R$ 4 bilhões em 2006 para R$ 170 bilhões em 2016.

Em 2014, a JBS se tornou a segunda maior empresa do setor de alimentos do mundo, ficando atrás apenas da Nestlé, totalizando um faturamento de cerca de R$ 120 bilhões, com um aumento de 30% nas vendaS.

Em 2016, a receita líquida da JBS somou R$ 170,38 bilhões, alta de 4,6% ante o registrado no ano anterior, ficando à frente da Vale (R$ 94,6 bi), Ultrapar (R$ 77,3 bi) e Ambev (R$ 45,6 bi), segundo dados da provedora de informações financeiras Economatica.  (AG)

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https://www.osul.com.br/apos-proibicao-justica-libera-venda-de-ativos-da-jbsfriboi/ Após proibição, Justiça libera a venda de ativos da JBS/Friboi 2017-07-13
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