Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2019
O governo da Argentina recebeu, nesta segunda-feira (19), Hernán Lacunza como substituto de Nicolás Dujvone, no Ministério da Fazenda e Finanças Públicas. O político, que anteriormente era ministro da Economia da Provincia de Buenos Aires, terá o desafio de conduzir a agenda econômica do país nos próximos meses, após a renúncia de Dujvone. Lacunza foi recebido pelo presidente Mauricio Macri, pela manhã.
O novo ministro assume a pasta em um contexto de crescente dívida pública, com uma relação delicada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e uma taxa de inflação que já ultrapassou os 22%, apenas no primeiro semestre. Analistas acreditam que a inflação, prevista para estar entre 50% e 55% até o final do ano, pode subir ainda mais.
A relação com o FMI, com quem a Argentina firmou uma série de compromissos em troca de um empréstimo de 57 bilhões de dólares, também terá de receber atenção. Os termos acordados com o órgão devem ser rediscutidos, para alcançar novos acordos e consensos. Representantes do FMI devem fazer uma visita ao país nos próximos 15 dias.
Com as recentes ações de Macri para tentar a reeleição, baixando preço de alimentos da cesta básica e congelando o preço do combustível, analistas apontam que o déficit público do país latino-americano deve aumentar ainda mais. Os anúncios foram feitos pelo presidente na última semana, após o dólar disparar 25% (a moeda ultrapassou os 60 pesos argentinos) e o risco-país (conceito que aponta as mudanças e riscos no ambiente de negócios e investimentos) ultrapassar os 1.800 pontos (hoje está em 1.858 pontos).
Hernán Lacunza de 49 anos é formado em Economia. Antes do cargo em Buenos Aires, passou pelos postos de diretor-geral do Banco Central argentino e do Banco Municipal da Cidade de Buenos Aires.