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Brasil Após se lançar como candidato à Presidência da República, o ministro Henrique Meirelles teve de se explicar a Michel Temer

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O presidente Michel Temer e o ministro Henrique Meirelles. (Foto: Beto Barata/PR)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, telefonou, na sexta-feira (23), ao presidente Michel Temer para explicar sua declaração ao jornal O Estado de S. Paulo de que pode enfrentá-lo na disputa pela Presidência da República. Na conversa, o ministro baixou o tom e disse que todo mundo pode se candidatar, mas não tem sentido a base aliada dividir votos, voltando a defender candidatura única do grupo. Temer respondeu que não vê problemas nos seus movimentos pró-candidatura, mas pediu que o enredo seja ensaiado. O presidente não gostou de ter sido surpreendido pelas declarações do subordinado. As informações são da Coluna do Estadão, de Andreza Matais.

“É direito legítimo de todos serem candidatos. Em tese, seria uma possibilidade ser candidato e concorrer com Temer”, afirmou o ministro na sexta-feira, em uma entrevista à rádio Jovem Pan.

Na quinta-feira (22), o ministro já havia afirmado ao Estado de S. Paulo que pode disputar o Planalto com Temer. Na entrevista desta sexta-feira, no entanto, Meirelles afirmou que Temer ainda não decidiu se será candidato. “E eu também não”, acrescentou.

O ministro disse preferir que haja apenas um candidato do governo ao Planalto. Segundo ele, isso vai fortalecer a defesa do prosseguimento das reformas. “Ainda não tomei a decisão se serei candidato ou continuarei na Fazenda”, afirmou Meirelles em outro ponto da entrevista. Ele afirmou que tomará a decisão até 7 de abril. “Antes de decidir, continuo focado na economia do Brasil.”

Meirelles afirmou que, no Ministério da Fazenda, tem tratado da economia do País. “Se me candidatar, vamos tratar do mesmo assunto dentro de uma abrangência maior”, disse. “O País tem uma questão fiscal muito importante. Temos uma meta de superávit de R$ 159 bilhões para este ano”, citou.

O ministro pontuou que as despesas discricionárias têm diminuído em termos reais (descontada a inflação) e que já estão nos níveis de 2009. “Isso tem permitido o crescimento da economia, pelo aumento da confiança”, afirmou. “Para resolvermos o problema no longo prazo, temos que fazer a reforma da Previdência.”

Bastidores

Nos bastidores, interlocutores do ministro dizem que, com o fracasso da reforma da Previdência, ele ficou sem sua principal bandeira: o ajuste das contas públicas. Além disso, no melhor dos cenários, se Maia e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não forem candidatos, Meirelles não passa de 2% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha do fim de janeiro. No mesmo levantamento, Temer aparece com 1% e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem de 16% a 20% das preferências.

“Meu histórico me dá condição de postular a candidatura. Não há dúvida de que estou pensando nisso”, comentou Meirelles. Na lista das condições para entrar no páreo, ele citou a estrutura partidária, o tempo de TV e a avaliação de pesquisas qualitativas sobre o perfil de candidato desejado pelos eleitores. O maior tempo na propaganda política é do MDB de Temer.

A candidatura do presidente, porém, enfrenta resistências até no MDB. A avaliação é de que, caso o partido tenha concorrente próprio nessa disputa, sobrará menos dinheiro do fundo eleitoral para ser distribuído aos candidatos a deputado. Alguns parlamentares, no entanto, veem com bons olhos o nome de Meirelles por acreditar que ele teria como financiar a maior parte da campanha. A movimentação política de Meirelles começou a aumentar no primeiro semestre de 2017.

 

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