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Ciência Após sete anos de jejum, os americanos deverão lançar uma cápsula tripulada para uma missão na estação internacional

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Em outubro, a cápsula Crew Dragon fará um teste não tripulado. (Foto: Reprodução)

Em outubro, a Crew Dragon fará um teste não tripulado. Se tudo der certo, a quebra do jejum espacial americano deverá acontecer em 19 de abril do próximo ano. Ainda em fase de acabamento, a cápsula tem apenas quatro assentos e um painel de controle bem enxuto. Ao invés de 3 mil botões, apenas 40. Em tese, os astronautas não precisam fazer nada para chegarem à ISS (Estação Espacial Internacional) – o comando fica em terra.

Passagem cara

A dependência russa estava saindo cara demais. Em 2006 a Rússia cobrava US$ 21,3 milhões (R$ 82,6 milhões) pela carona até a ISS. Em 2015 esse valor subiu para US$ 81,9 milhões (R$ 317 milhões) – aumento de 384%. Neste mesmo período, empresas privadas como SpaceX, Boeing e Blue Origin (do dono da Amazon, Jeff Bezos) começaram a desenvolver seus próprios programas espaciais.

Inicialmente, a Nasa (agência espacial norte-americana) passou a contratar essas empresas somente para o envio de suprimentos. Em 2014, a agência fechou acordo de US$ 2,6 bilhões (R$ 10 bilhões) com a SpaceX e US$ 4,2 bilhões (R$ 16,2 bilhões) com a Boeing para o transporte de astronautas. A corrida espacial dos tempos modernos tornou-se uma disputa empresarial.

Segurança

“Não iremos voar enquanto não estivermos prontos para fazer isso em segurança. É a nossa principal preocupação”, disse a presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell, enquanto olhava para a tripulação perfilada em seus uniformes azul royal.

Somente no ano passado, a SpaceX fez 18 lançamentos bem sucedidos. Por outro lado, perdeu dois foguetes Falcon 9 que explodiram pelos ares. Esta será a primeira missão tripulada da companhia fundada em 2002.

Por contrato, a Nasa exige que as chances de morte não podem ser maiores do que um em cada 270 voos. Como chegou-se a esse cálculo, ninguém sabe. Prestes a completar 60 anos em 1º de outubro, a agência espacial americana ainda tem dificuldade de enfrentar o fantasma dos dois acidentes que mataram 14 astronautas.

A sexagenária não tem mais o mesmo peso na política nacional. No auge da corrida espacial, durante a era Apollo, 5% do orçamento americano financiava a Nasa. Hoje, esta proporção passou a menos de 0,5% (US$ 20,7 bilhões por ano).

Design e inovação

O comandante da tripulação será o experiente Douglas Hurley, na Nasa desde 2000. O ex-piloto de caças da marinha americana já voou em três diferentes naves e vestiu quatro tipos de trajes espaciais. Estava bastante empolgado com todas as inovações do projeto.

“Ouviram as nossas reclamações sobre peso, tamanho e conforto da roupa. Criaram algo do zero, que eu achei bem legal”, comemorou Hurley. Bem mais justo ao corpo, o traje é feito em couro, Kevlar e Nomex, fibras sintéticas resistentes ao calor. Quando perguntado sobre o que mais gostaria de fazer no espaço, foi categórico: “quero poder ter uma hora livre para ficar olhando pela janela e nada mais”.

O mais jovem da tripulação é também o único que ainda não foi para o espaço. Victor Glover, 42, demonstrava um misto de excitação e medo. “É uma jornada encantada. Estou animado com tudo, afinal será a minha primeira vez”, diz. “Meu maior medo é não voltar para minha família”, diz o pai de quatro filhos. Robert Behnken (que é grande amigo e padrinho de casamento do comandante Hurley) e Michael Hopkins completam o time.

O trecho Terra-ISS dura em média 24 horas. Apesar de usarem fraldas, o astronautas poderão optar por um banheiro disponível acima de suas cabeças. Os assentos foram inspirados nos bancos de carros de corrida. O design e a iluminação lembram o filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. Outra referência inegável são os carros Tesla, empresa de carros elétricos de luxo também criada por Elon Musk.

Em fevereiro, Musk aproveitou o lançamento do Falcon Heavy, o maior e mais potente foguete já criado, para enviar o primeiro carro para o espaço: um Tesla Roadster, conversível e vermelho. Sua meta, porém, é mais ousada. Ele quer colonizar Marte.

 

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