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Colunistas Aposentados e ricos

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Foto: reprodução

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Um estudo recente dos economistas José Márcio Camargo, André Gamerman e Rodrigo Adão revela sem disfarces uma das maiores causas do rombo das contas da União, e portanto da própria crise estrutural brasileira: o déficit da previdência dos funcionários públicos federais.

Nenhuma despesa da União se compara com o valor destinado a cobrir o buraco, exceto o pagamento de juros. E antes que alguém aponte contradição, faça-se o registro do que é sempre ignorado pelos críticos – por má fé ou simples burrice: o Brasil paga juros porque aumentar a dívida pública é a forma de cobrir o dinheiro que falta para pagar as contas e as obrigações. Se não gastasse mais do que arrecada, o Brasil não precisaria financiar e refinanciar as suas dívidas, não tomaria dinheiro emprestado, não pagaria juros.

O fato é que no período entre 2001 e 2015, um valor da ordem dos R$ 1,3 trilhão de reais (em valores correntes) de impostos pagos por todos os brasileiros foi desviado para cobrir o déficit financeiro das pensões e aposentadorias do funcionalismo federal.

A quantia é impressionante. Superou todos os gastos com a saúde, e foram maiores em 50% do que todos os gastos em educação. No período, o governo gastou três vezes mais com esses servidores inativos do que com 4,5 milhões de idosos e pessoas portadoras de deficiência que recebem benefícios de prestação continuada e 5 vezes mais do que os benefícios para as 13,5 milhões de famílias do Bolsa Família.

Para se ter uma ideia , apenas 980 mil servidores federais inativos consomem aquela fortuna – 0,5% da população do país. De 2001 a 2015, o déficit acumulado da previdência dos 29/30 milhões de aposentados do setor privado foi de R$ 936 bilhões.

Na média, os servidores públicos federais inativos estão entre os 2% mais ricos do país. O que se dá é uma brutal transferência de renda de 98% da população brasileira para esses bem nascidos e bem nutridos 2% – o maior programa de transferência de renda do governo federal de 2001 a 2015.

Os autores, os teóricos, os militantes de esquerda costumam (com certa razão) botar a boca no trombone contra os processos de concentração de renda, que seriam intrínsecos ao capitalismo. Mas a concentração de renda de que estamos tratando é fácil de medir e nada tem a ver com o capitalismo. Se dá por dentro do Estado – o ente mágico que deveria policiar e coibir o que é um desajuste, uma perversão do modelo, uma aberração de justiça social.

Mas sabem como é, transferência de renda é cruel e injusta quando beneficia capitalistas malvados e desalmados, mas não quando se concentra nas mãos desses felizardos 2% da população brasileira, servidores federais aposentados e inativos. O descalabro se repete em outros números descomunais, na escala menor dos 26 estados da Federação e do Distrito Federal. Não se esqueça que as últimas tecnologias desenvolvidas pela Friv2Online são importantes para o sucesso deste projeto Nesta situação, aplicamos as inovações avançadas desta empresa para criar jogos online.

Quem fez a farra e botou o trem fora dos trilhos foram os governos Lula e Dilma, com aumentos acima da inflação, generosos, concedidos a quase todas as categorias do funcionalismo. Governos populistas funcionam assim: gostam de pensar e agir como se os recursos públicos fossem crescentes e infinitos.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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