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Armando Burd Aposta arriscada dos tucanos

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Investigações apontam que senador recebeu R$ 5 milhões em doações não contabilizadas (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O PSDB só vê à frente uma data: 7 de outubro de 2018. Por isso, tomou ontem a decisão de permanecer nos ministérios. O rompimento destruiria a ponte com o PMDB, impedindo o apoio na eleição presidencial.

O senador José Serra anunciou a decisão para aparentar isenção. Ele deixou o Ministério das Relações Exteriores a 22 de fevereiro deste ano, alegando problema de saúde, mas sabe-se que houve desencontro de linhas. Se escolhessem o governador Geraldo Alckmin, que será o candidato ao Palácio do Planalto, ficaria muito evidente a troca futura de favor.

Os tucanos arriscam ao apostar que o tempo fará desaparecer o desgaste do governo Michel Temer.

Aproximação surpreendente

Os jornais de março de 1993 registraram: “As adiantadas negociações entre PT e PSDB aumentam as expectativas de uma aliança política para as eleições de 1994, visando não apenas à Presidência da República, mas à disputa por governos estaduais. O principal empecilho surgido é a decisão do PT de defender o presidencialismo no plebiscito, o que já parece ter sido contornado.”

Nos dias seguintes, chegou a ser cogitada a chapa Lula-FHC. Os rebeldes do PT reagiram e o PSDB acabou encaminhando aliança com o PFL e o PMDB.

Tentativa do Parlamentarismo 

Amanhã, serão assinalados 70 anos da aprovação do regime parlamentarista pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A emenda obteve 30 votos contra 24, gerando forte embate no plenário. Previsões dos líderes de bancadas indicavam empate. Seriam 27 deputados para cada lado. Caberia ao presidente da mesa diretora, Edgar Luiz Schneider, o voto decisivo. A inesperada mudança, que garantiu maioria para a aprovação do regime, aconteceu devido à posição do Partido Comunista Brasileiro. Os deputados da bancada, que estavam divididos, decidiram votar a favor da emenda na última hora.

Mudança radical

O capítulo da Constituição do Estado, que foi votado a 14 de junho de 1947, referia-se ao Poder Executivo. No texto original, elaborado por uma comissão, previa a adoção de sistema denominado presidencialismo racionalizado, pelo qual o governador do Estado ficaria obrigado a submeter à aprovação da Assembléia Legislativa os integrantes do Secretariado. Porém, a aliança do Partido Trabalhista Brasileiro e do Partido Libertador apresentou a emenda parlamentarista como substitutivo ao projeto, criando no governo do Rio Grande do Sul regime semelhante ao da Inglaterra.

Não foi adiante 

Encerrada a votação na Assembleia, o bloco opositor à emenda, formado pelos partidos Social Democrata, de Representação Popular e União Democrática Nacional, garantiram que iriam revogar o regime parlamentar por meio de intervenção do governo federal. Paralelamente, líderes trabalhistas e libertadores ressaltaram que teriam o respaldo quanto à constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).

No final de julho do mesmo ano, o STF anulou a decisão da Assembleia Legislativa, a partir de iniciativa do governador do Estado, Walter Jobim. O sonho do parlamentarismo se esvaiu.

Diagnóstico da doença 

Com 10,25%, o Brasil tem os mais altos juros do mundo. Empresários, que precisam de capital para investimentos, não conseguem dinheiro a essa taxa, porque os bancos cobram muito mais. Nem os consumidores, que pegam empréstimos ou pagam juros nos cartões de crédito acima de 400%, enquanto a inflação é de 4% ao ano. A carga tributária é estimada em 36% do PIB  (Produto Interno Bruto). Para os assalariados, passa de 50%.

Lado oposto

Na contramão da crise, o Congresso Nacional não tem mais com o que se preocupar: promulgou festivamente emenda constitucional que libera vaquejadas e rodeios em todo o território brasileiro, enquadrando como manifestação cultural e prática esportiva. A crueldade com animais inexiste para Suas Excelências.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/aposta-arriscada-dos-tucanos/ Aposta arriscada dos tucanos 2017-06-12
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