Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de junho de 2017
As autoridades da Arábia Saudita anunciaram neste sábado (24) que impediram um atentado terrorista em Meca, cidade sagrada para os muçulmanos. Na sexta-feira (23), um homem-bomba foi identificado antes de realizar o ataque e, ao ser cercado pela polícia, explodiu a carga que portava, segundo relato do governo saudita.
Os policiais invadiram o edifício onde o homem-bomba estava entrincheirado, mas ele “começou a disparar contra as forças de segurança, o que provocou uma troca de tiros e depois ele provocou a explosão”, explicou o porta-voz do ministério do Interior, o general Mansur Al-Turki.
Com a detonação, houve o desabamento parcial de um prédio de três andares. Onze pessoas – seis peregrinos estrangeiros e cinco policiais – ficaram feridas. Dois peregrinos estrangeiros permanecem hospitalizados e os outros quatro receberam alta. “As forças de segurança frustraram uma ação terrorista iminente contra a segurança da Grande Mesquita e seus fiéis”, afirmou Al-Turki.
Segundo porta-voz saudita, o homem-bomba integrava um “grupo terrorista” estabelecido em Meca e Jidá, a capital econômica do país. Cinco membros do grupo, incluindo uma mulher, foram detidos. Milhares de peregrinos estavam na Grande Mesquita para celebrar a última sexta-feira do Ramadã, o mês do jejum muçulmano.
Meca, na Arábia Saudita, recebe mais de um milhão de peregrinos a cada ano. Visitar a cidade ao menos uma vez na vida é uma das regras do Islamismo. O ataque foi condenado por vários países, entre eles Catar e Irã, rivais da Arábia Saudita.
O Catar expressou solidariedade com “o irmão saudita” em um comunicado do ministério das Relações Exteriores, apesar da profunda crise diplomática entre os dois países, desde que a Arábia Saudita passou a acusar o Catar de “apoiar o terrorismo”.
O Irã, que também tem uma relação tensa com a Arábia Saudita, condenou o ataque e afirmou que está disposto a “cooperar” na luta contra os “traficantes de morte”. A Al-Azhar, a principal instituição do islã sunita com sede no Egito, condenou o atentado e expressou apoio a Riad “na luta contra o terrorismo até sua erradicação”. (Folhapress)