Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A oposição vai lotar o auditório da Assembleia Legislativa, segunda-feira à tarde, para contestar em audiência pública o projeto de lei que permite ao governo do Estado selecionar organizações sociais privadas, sem fins lucrativos, que estarão voltadas ao ensino, à pesquisa científica, preservação do meio ambiente, à ação social, ao esporte, à saúde e à cultura.
Um dos objetivos: controlar as verbas do Executivo atualmente repassadas a organizações não- governamentais. Os que rejeitam alegam ser uma medida para desmontar o serviço público.
NA CONTRAMÃO
Os participantes da audiência pública de segunda-feira não saberão justificar esta notícia: o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT, publicou ontem, no Diário Oficial, decreto para viabilizar parcerias público privadas em áreas como saúde, ensino e infraestrutura.
Pimentel disse que pretende “modernizar a gestão e melhorar os serviços prestados”. Bate de frente com o funcionalismo público.
CALOR NATURAL
Durante debates na Assembleia Legislativa, a temperatura nunca baixa de 30 graus. Na próxima semana, vários deputados vão conviver com o calor, sem ser provocado por apartes, réplicas e tréplicas. Estarão em Aracuju, participando da 20ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais. Joaquim Barbosa, Dias Toffoli e Augusto Nardes farão palestras.
MUDOU
O Ministério das Relações Exteriores dá giro de 180 graus. Passa a vigorar a política de resultados, buscando acordos de negócio com todos os países. Serão eliminados alinhamentos políticos e condicionantes ideológicos como pressupostos para aproximações. O foco será a venda de produtos brasileiros, que geram empregos. Inclinações políticas vão virar assunto de conversa dos diplomatas apenas no chá das cinco.
FECHA-SE A CORTINA
O estrelato de Sérgio Machado, ex-senador e ex-presidente da Transpetro, durou exatas 24 horas. As gravações revelaram o caráter doentio de Machado e o coronelismo de Renan Calheiros e José Sarney. As considerações sobre a Lava Jato são mais adequadas a jagunços.
Machado, antes de tudo, é autor de rapinagem e criminoso que tenta salvar a pele. Usa de manobras para convencer que locupletar-se escancaradamente é a coisa mais natural do mundo.
TRAPALHÃO
Em maio do ano passado, Eduardo Cunha já frequentava o noticiário por motivo suspeito: queria construir o Parlashopping, orçado em 1 bilhão de reais. O projeto incluía três edifícios junto à Câmara dos Deputados com gabinetes, restaurantes e lojas. O protesto nacional foi tão forte que não teve nem a chance de lançar a pedra fundamental e dar discurso vitorioso.
RÁPIDAS
* Com a mudança no Palácio do Planalto, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anda em busca de uma nova mão para beijar.
* Assim como o Congresso Nacional acabou com o voto secreto, o Supremo Tribunal Federal extinguiu a tramitação oculta de processos. Eram injustificáveis.
* Política virou um espetáculo que não pode parar. A cada dia, um novo capítulo.
* Campanha eleitoral tem disso: o candidato nada, nada, nada e nada.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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