Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2018
A Argentina oferecerá 98 milhões de pesos (cerca de 16 milhões de reais) para quem “fornecer informações e dados úteis” para encontrar o submarino San Juan, que desapareceu no último dia 15 de novembro com 44 tripulantes a bordo, anunciou o governo nessa quarta-feira através do Diário Oficial do Estado.
“É pertinente a fixação de uma gratificação econômica para quem oferecer informações e dados úteis que permitam chegar ao paradeiro e a localização precisa do submarino San Juan”, indicou o Ministério da Defesa na resolução antes de indicar o valor.
Com esta recompensa, o governo pretende incentivar a participação do setor privado em uma busca que registrou resultados “infrutíferos”, apesar de contar com esforços “materiais, humanos, econômicos e tecnológicos” e com “compromisso e perícia tecnológica e material”, avalia o texto.
Quem tiver informações deverá especificar “o relatório integral da busca” com as caraterísticas do equipamento utilizado, dados brutos e processados, e vídeos, fotos e mosaicos fotográficos georeferenciados derivados da localização do submarino, entre outros.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, já tinha anunciado no dia 6 de fevereiro aos familiares dos desaparecidos que ofereceria uma “recompensa milionária”, mas até hoje não tinha sido publicado um valor em nenhum veículo de imprensa oficial.
Durante as primeiras semanas de buscas para encontrar o submarino, países como Estados Unidos e Reino Unido ofereceram ajuda, e atualmente apenas a Rússia continua colaborando com a Argentina para localizar o San Juan.
Russos
Apenas a Rússia continua as buscas do submarino desaparecido San Juan. O especialista militar explica por que é necessário continuar apoiando as buscas do submarino argentino. Segundo Marcela Moyano, esposa de um dos tripulantes, Hernán Rodríguez, somente o navio de pesquisa da Marinha da Rússia, Yantar, continua as buscas pelo submersível argentino ARA San Juan desaparecido. Familiares dos tripulantes exigem que as autoridades usem mais meios para procurar o submarino.
Konstantin Sivkov explicou por que os especialistas russos realizam buscas do San Juan.
Anteriormente, o ex-analista da Agência de Inteligência Naval dos EUA (ONI, na sigla em inglês) revelou em seu relatório que o San Juan foi totalmente destruído na explosão. Enquanto Sivkov, não concorda com o pressuposto de que o barco foi completamente danificado. “É possível encontrar o casco do submarino e revelar a razão da explosão”, concluiu ele.
O submersível argentino ARA San Juan, com 44 tripulantes a bordo, parou de emitir sinais de comunicação em 15 de novembro de 2017, durante uma patrulha de rotina no Atlântico Sul, perto da costa da Argentina. Na sequência do desaparecimento, foi lançada uma grande operação internacional de busca e resgate envolvendo embarcações e equipamentos de diferentes países. Em 30 de novembro, a Marinha da Argentina anunciou o encerramento das suas atividades de resgate, mas destacou que os trabalhos para localizar o submarino iriam continuar.