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Mundo Argentinos correram para postos e mercados antes da paralisação nesta terça. Os estabelecimentos ficaram fechados na greve convocada pelos sindicatos contra o presidente do país, Maurício Macri

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O ministro presidente da Argentina, Mauricio Macri. (Foto: Reprodução/Twitter)

Após o anúncio dos principais sindicatos de que na terça-feira (25) haveria uma greve geral contra as políticas econômicas do governo Macri —que inclui, entre outras coisas bancos, postos de gasolina, supermercados, hospitais, repartições públicas, transportes, voos nacionais e internacionais— houve uma verdadeira corrida por combustível e alimentos.

O anúncio da greve não pegou ninguém de surpresa, já se sabia, desde a semana passada, que algo assim aconteceria. O apoio contundente de várias categorias, demonstrado na segunda-feira (24), porém, não estava previsto.

No meio da corrida antes do “fim do mundo”, que se assemelhava a um filme de ficção científica, estão os que apoiam e os que não concordam com os métodos dos sindicados.

“Eu entendo que com essa inflação não se pode viver. Não posso entrar numa farmácia e comprar um remédio por 800 pesos num dia, e na semana seguinte o mesmo medicamento está 1.100 pesos. Mas será que este é o melhor jeito?”, diz Maria Eligna Razzo, 46.

E acrescenta. “Macri está em Nova York (em reunião da ONU), comendo bem, conversando com empresários, dando entrevistas para jornais econômicos dizendo que na Argentina vai bem. Ele não está vendo nada disso. E olha para mim?”, diz, com bom humor, mostrando suas mãos tomadas por sacolas de compras, com bananas, remédios, água e papel higiênico à vista.

Nos bancos, o fechamento do dia foi também caótico. O segurança do Banco Galícia da agência de Chacarita, Jerónimo, disse que teve que chamar reforço policial para fechar as portas de vidro depois do horário de atendimento.

“Todo mundo sabe que o dinheiro dos caixas eletrônicos acaba em poucas horas, e não haverá reposição, então o jeito foi vir buscar dinheiro em espécie nos caixas físicos mesmo, mas temos hora para fechar, os clientes têm de respeitar isso.”

Já Dante Sica, de Trabalho e Produção, disse que [a greve] “tem impacto na vida dos trabalhadores que não necessariamente querem fazer greve, colocam uma trava na economia argentina”.

Acordo com o FMI

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse na segunda-feira que o país está próximo de um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para aumentar a linha de crédito de US$ 50 bilhões (R$ 204,5 bilhões), ao mesmo tempo em que uma fonte do governo disse que uma linha adicional de US$ 3 a 5 bilhões poderia ser anunciada nesta semana.

Macri disse, numa entrevista com a Bloomberg TV em Nova York, que a Argentina poderia receber mais apoio do FMI, mas evitou dar detalhes adicionais porque as conversas ainda estavam em andamento.

A fonte do governo, que pediu para não ser identificada porque as negociações estão em curso, disse em uma notícia publicada pelo jornal local La Nación que um adicional de US$ 3 a 5 bilhões em financiamentos estava “perto de acontecer”.

Além do acordo de standby de US$ 50 bilhões fechado em junho, os recursos extras cobririam a maior parte da necessidade de financiamento da Argentina em 2019, à exceção de US$ 2,5 bilhões que precisariam ser levantados nos mercados domésticos no ano que vem, de acordo com um comunicado do Ministério da Economia.

O comunicado também disse que a Argentina vai rolar 100 por cento de seus títulos do Tesouro de curto prazo para o ano que vem.

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