Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de janeiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Longe da discurseira demagógica, a nação precisa definir o rumo: continuar aumentando a conta pública ou adequar as despesas à receita.
Boletim do Banco Central mostra: a 31 de dezembro de 2015, a dívida total dos governos federal, estaduais e municipais chegou a 3 trilhões e 840 bilhões de reais.
A quantia corresponde a 67,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2011, eram 51, 8 por cento. Seguindo a proporção, alcançará 85 por cento em 2019. Chegaremos a um ponto em que os juros serão impagáveis, quanto mais o valor principal.
Só a União pagará de juros este ano 500 bilhões de reais, o seu maior encargo. É mais do que a soma dos orçamentos dos Ministérios da Saúde e da Educação.
Reencontrar o equilíbrio é um caminho sobre o qual a sociedade precisa debater e decidir. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentou e foi derrubado.
Alguns economistas alegam que a dívida do governo dos Estados Unidos, hoje na faixa dos 18 trilhões de dólares, supera o PIB. Porém, há diferenças: os norte-americanos têm a maquininha que imprime dólares à vontade e sua taxa de juros anda próxima de zero.
Sobre o assunto, o editorial do Diário do Comércio, de Belo Horizonte, nesta quinta-feira, resume:
“Todos, credores e devedores, estamos nos iludindo, jogando para frente o problema e esperando que a bomba não venha a explodir no nosso colo. É preciso e urgente, minimamente, dissecar a dívida pública, conhecer sua exata natureza, saber o que e quanto foi pago, quais foram as condições caso a caso, numa auditagem completa que indique caminhos alternativos, legítimos e que com toda certeza podem se revelar melhores e mais seguros para as duas partes.”
O imobilismo conduz a uma mentira.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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