Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de março de 2019
Uma crítica ao aquecimento global que simboliza o posicionamento sustentável do autor da obra. É sobre isso que trata o primeiro mural do artista brasileiro Eduardo Kobra no Principado de Mônaco, intitulado “Global Warming”. Inaugurado nesta segunda-feira (18), durante evento no principado, o trabalho foi contemplado pelos olhos de S.A.S Príncipe Albert II de Mônaco e Luciana de Montigny, presidente da associação Brasil Monaco Project e uma das principais apoiadoras do projeto. A obra será exibida a partir de hoje, sem data para encerrar, e pôde ser realizada em performance ao vivo no Yacht Club de Monaco.
Kobra é reconhecido por artes impactantes que têm o intuito de gerar reflexões sobre causas sociais e ambientais. Seu mural foi inspirado na obra “A Persistência da Memória”, de Salvador Dalí (1904-1989), e retrata os conhecidos “relógios derretidos”, só que dessa vez nas geleiras da Antártida. Com um caráter crítico, a exposição coloca em debate as ações humanas responsáveis pelo aquecimento global – responsáveis por prejudicar o meio ambiente, de acordo com o artista. Exposto no rochedo de Mônaco sem data de término, o trabalho possui 12 metros de largura por 7 metros de altura, o que atrai a atenção de viajantes de todas as partes do mundo.
De acordo com Kobra, “Poder trazer minha obra para cá neste momento é uma forma de conscientizar as pessoas através da arte sobre um tema tão importante que é o aquecimento global. Este painel faz uma releitura da icônica obra de Salvador Dalí, só que neste caso trabalhei com alguns elementos da obra e também com elementos que remetem ao aquecimento global, com as geleiras derretendo”. Já Luciana fala sobre a representatividade da obra e observa a finalidade do trabalho no Brasil Monaco Project: apresentar uma mensagem impactante sobre as ameaças do aquecimento global. “Uma verdadeira mensagem de advertência que deve ser endereçada primeiro a nós mesmos. Então, o que é mais lógico do que usar a arte para transmitir esse recado e chamar Eduardo Kobra para fazê-lo aqui em Mônaco?” indagou retoricamente.
O artista cedeu oito cópias de uma versão reduzida da obra, que serão colocadas à venda para angariar fundos e apoiar projetos beneficentes e ambientais da Associação Brasil Monaco Project e da Fundação Prince Albert II.