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Brasil As alterações para modernizar e aprimorar o ensino médio no País

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(Foto: Reprodução)

A educação brasileira está em via de adotar mudanças profundas com a Reforma do Ensino Médio. Entre elas, a melhoria do ensino técnico, aplicação progressiva do tempo integral – de 800 para 1.400 horas anuais – e alterações na estrutura da grade curricular.

A Lei 13.415/2017, sancionada pelo governo federal em fevereiro deste ano, tem o objetivo de deixar o jovem mais interessado na escola e, com isso, corrigir erros do sistema que colocam o país em péssimas posições nos rankings de Educação.

Ao propor uma modernização na arquitetura atual, a mudança que entrará em vigor após a aprovação da Base Nacional Comum Curricular vai reorganizar o Ensino Médio de forma que o aluno poderá estudar de maneira focada em uma área de interesse, começando desde cedo um projeto de vida.

A transformação mais estrutural apresentada pela reforma diz respeito à flexibilização do currículo da escola. Atualmente, todos os jovens precisam cumprir as mesmas 13 disciplinas, seja qual for sua preferência profissional de quem quer cursar vestibular para História a quem prefere Engenharia, não há diferenças.

Com a reforma, uma parte da grade será comum e obrigatória a todos e outra parte será flexível, possibilitando ao aluno escolher a área em que tem maior interesse para seguir seus estudos. O estudante optará por “itinerários formativos” nas áreas de conhecimento ou formação profissional: Linguagem e suas tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e Formação Técnica e Profissional.

O novo modelo tem como intuito aprimorar o aprendizado do aluno com foco no que ele almeja na vida, seja entrar num curso superior ou partir para o mercado de trabalho já com uma formação técnica.

“O atual ensino médio brasileiro não prepara os indivíduos para a universidade no seu estilo clássico, nem prepara o indivíduo para o mercado de trabalho, através do ensino tecnológico de alta qualidade”, aponta o professor Antonio Freitas, pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação da FGV.

Relatório

Apesar de ter registrado avanços nos últimos anos, a educação no Brasil ainda apresenta dados insatisfatórios. É o que mostra o relatório Education at a Glance 2017 (Um olhar sobre a educação, em tradução livre), publicado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O documento traz amplo panorama sobre a educação em mais de 45 países: os 35 da OCDE e vários parceiros (Argentina, Brasil, China, Colômbia, Costa Rica, Índia, Indonésia, Lituânia, Federação Russa, Arábia Saudita e África do Sul). O Brasil, inclusive, já pleiteou sua adesão formal à OCDE.

No cenário da educação brasileira, alguns dados chamam a atenção. Em 2015, mais da metade dos adultos, com idade entre 25 e 64 anos, não tinham acesso ao ensino médio e 17% da população sequer tinham concluído o ensino básico. Os números estão muito abaixo da média dos países da OCDE, que têm 22% de adultos que não chegaram ao ensino médio e 2% que não concluíram o básico.

O relatório, no entanto, mostra um avanço. Entre os adultos de 25 e 34 anos, o percentual de alunos que completou o ensino médio subiu de 53% em 2010 para 64% em 2015.

Considerando que o ensino médio brasileiro tem duração de 3 anos e deveria ser cumprido entre os 15 e os 17 anos de idade, o Brasil também apresenta taxas muito abaixo da média dos outros países analisados no relatório. Apenas 53% dos alunos de 15 anos estão matriculados no ensino médio. Entre os alunos de 16 anos, 67% estão matriculados no ensino médio e, entre os de 17 anos, 55%. Na média dos países da OCDE, pelo menos 90% dos alunos entre 15 e 17 estão no ensino médio.

No Brasil, entre os jovens de 18 anos, menos da metade cursa o ensino médio ou superior. A taxa para os países da OCDE é de 75% de alunos de 18 anos, na mesma situação.

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https://www.osul.com.br/as-alteracoes-para-modernizar-e-aprimorar-o-ensino-medio-no-pais/ As alterações para modernizar e aprimorar o ensino médio no País 2017-09-23
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