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Política As balas na agulha de Antonio Palocci: Veja o que o ex-ministro pode revelar com a delação premiada

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Palocci citou “reuniões” de Lula com os representantes dos fundos, “muitas vezes em conjunto”, outras separadamente. (Foto: Reprodução)

O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, validou  os depoimentos que sustentarão a delação premiada de Antonio Palocci. O acordo foi assinado com a Polícia Federal em abril, mas estava aguardando a validação da Justiça. Agora uma verdadeira nuvem sobrevoa o setor financeiro brasileiro. Saiba o armamento pesado de Palocci contra tudo e todos.

Conexão Angola  

Um suposto aumento de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investimentos em Angola. Também revelado na delação de Marcelo Odrebecht, o esquema seria feito para que o BNDES investisse em países com atuação da empreiteira Odebrecht, que, por sua vez, conseguiria contratos naquela localidade.

No caso da Angola, onde há presença da Odebrecht, o valor teria chegado a R$1 bilhão e Palocci teria sido um dos interlocutores junto ao órgão, tentando aprovar as negociações para beneficiar os negócios da empresa. Segundo Marcelo, o valor pago ao ex-ministro pela colaboração teria sido de R$ 64 milhões.

Licitação de navios

Um dos motivos de sua prisão em 2016, Palocci foi acusado pela Lava-Jato de interferir em uma licitação envolvendo a Petrobras. O ex-ministro teria tentado direcionar a compra de 21 navios sonda. Os navios sonda são parte do projeto de exploração da reserva do pré-sal, uma das principais do país.

Compensações para Odebrecht

Um dos casos associados ao ex-ministro é o de uma negociação com a Odebrecht sobre a não aprovação da Medida Provisória 460/2009. A MP geraria uma série de benefícios fiscais e tributários para a empreiteira, que teria fechado um acordo de propina com Palocci para que ele usasse de sua influência para apoiar a aprovação da medida. A mudança, porém, foi rejeitada em veto presidencial.

A partir daí, Palocci teria tentado oferecer uma série de “compensações” em troca dos valores já pagos pela sua colaboração. O petista teria falado com o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, para que ele sugerisse possíveis maneiras alternativas de beneficiar a empresa após a derrota da MP 460/2009.

Caixa 2

Para o ex-ministro, a eleição de 2014 foi quando “o crime se sofisticou no campo eleitoral”. Em depoimento ao juiz Sergio Moro, ele falou sobre como as empresas teriam percebido que o “problema era o Caixa 2” nas propinas e teriam passado a realizar pagamentos de vantagens indevidas por meio de doações oficiais. Segundo o petista, a origem dos valores era ilegal. Se tratava um esquema onde “a ilicitude está fora do pagamento”, que segundo Palocci “a própria Lava-Jato já desvendou”.

Submarino nuclear

Em outra negociação entre a Odebrecht e o PT, intermediada pelo ex-ministro, o valor de propina teria sido de R$ 40 milhões. Trata-se do caso da construção de um submarino nuclear brasileiro em Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro.

Instituto Lula

Palocci estaria envolvido em dois esquemas de propina feitos entre o Instituto Lula e, novamente, a Odebrecht. Um deles envolve a negociação da compra de um prédio para se tornar sede do Instituto, mas que acabou não se concretizando. Operada por Palocci, a compra seria feita pela Odebrecht e envolveria o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Teixeira, e o pecuarista José Carlos Bumlai. A informação foi revelada após emails serem apresentados como provas por Marcelo Odebrecht.

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