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Geral As denúncias de abuso sexual rondam o papa também no Peru

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Xamãs fizeram ritual em Lima com foto do papa Francisco na quarta-feira, véspera de sua chegada ao Peru. (Foto: Reprodução)

As denúncias de abusos sexuais cometidos por sacerdotes acompanham o papa Francisco também no Peru, onde sua visita começou nesta quinta-feira (18).

Enquanto o Vaticano determinou uma intervenção no Sodalicio de Vida Cristiana, uma instituição de Lima liderada pelo sacerdote Fernando Figari, a Procuradoria peruana pediu, em dezembro, a prisão preventiva de Figari e funcionários da entidade, acusados de abusos sexuais e tortura física e psicológica.

Fundado nos anos 1970, o Sodalicio tinha como objetivo evangelizar jovens da sociedade e atuou sempre com famílias da elite limenha.

As primeiras denúncias surgiram em maio de 2016. A elas se somaram as de dezenas de vítimas que se dispuseram a testemunhar após a divulgação pela imprensa dos primeiros casos.

O deputado Alberto de Belaunde enviou uma carta ao Vaticano pedindo que o papa se reúna com as vítimas. Ele ainda não recebeu resposta. Algumas delas, porém, assim como aconteceu no Chile, organizam uma manifestação durante a estadia do pontífice em Lima.

Segundo uma pesquisa do instituto Ipsos, 76% dos peruanos entrevistados dizem acreditar que o papa deva pedir perdão pelos abusos.

Fujimori

Outro aspecto espinhoso da visita envolve o fato de que, desde que o presidente Pedro Pablo Kuczynski concedeu indulto ao ex-mandatário Alberto Fujimori (1990-2000), condenado por crimes de lesa-humanidade e corrupção, na véspera de Natal, Lima não conheceu sossego.

Desde então, há marchas anti-indulto e manifestações menores pró-Fujimori.

Grupos de ativistas e vítimas — que levaram o caso à CIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos), pedindo que esse tribunal pressione o presidente a derrubar o indulto — prometeram também se manifestar durante a passagem do pontífice pelo país. A audiência na CIDH, na Costa Rica, ocorrerá no próximo dia 2 de fevereiro.

“Seria importante ter o apoio do papa. O indulto viola várias regras internacionais e é resultado de uma vergonhosa barganha política. Esperamos que Francisco diga algo”, disse à Gloria Cano, diretora-executiva da Associação Pró-Direitos Humanos.

A ONG acolhe as denúncias de familiares das vítimas dos massacres de La Cantuta e Barrios Altos, cometidos pelo esquadrão da morte Colina, a mando de Fujimori — dois dos crimes pelos quais o ex-presidente cumpria pena de 25 anos de prisão.

Já PPK — como é chamado o presidente peruano — espera, por outro lado, que a visita do papa ao país lhe traga algum alívio em meio à pressão que enfrenta desde o último dia 21, quando o Congresso ficou a poucos votos de afastá-lo do cargo por causa de seu suposto envolvimento com o esquema de corrupção da construtora brasileira Odebrecht.

Foi o voto do filho de Fujimori, Kenji, e de alguns de seus correligionários que salvou PPK da destituição.

“Espero que a vinda do pontífice nos coloque novamente no caminho da paz e do diálogo”, disse na última terça (16).

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https://www.osul.com.br/as-denuncias-de-abuso-sexual-rondam-o-papa-tambem-no-peru/ As denúncias de abuso sexual rondam o papa também no Peru 2018-01-18
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