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Brasil As forças-tarefas da Lava-Jato no Rio, São Paulo e Curitiba anunciaram ações conjuntas em 2018

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Procuradores citaram caso da Alerj, no Rio. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Procuradores do MPF (Ministério Público Federal) ligados à Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba se reuniram nesta segunda-feira (27) e anunciaram ações conjuntas em 2018. O encontro ocorreu na capital fluminense.

Durante o evento, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná, afirmou que nenhum dos investigadores tem pretensão eleitoral.

“Quando falamos que 2018 é o ano-chave da Lava-Jato, é por dois motivos: [o primeiro é] avançar as investigações sem retrocesso, porque, se houver pessoas acuadas pelo combate à corrupção, a tendência é agirem como agiram na Alerj para se proteger”, disse Dallagnol.

“[Em segundo], uma renovação no Congresso pode nos levar àquilo que a sociedade realmente espera, que é a redução dos níveis de corrupção. Dependemos de reformas sistêmicas que só podem ser feitas pelo Congresso”, continuou o procurador.

“Será um ano de muito trabalho”, resumiu o procurador do MPF no Rio, Eduardo El Hage.

No evento, os procuradores divulgaram uma carta pedindo apoio da sociedade. O documento cita ataques de políticos para garantir a impunidade de corruptos e pede que os eleitores escolham, nas próximas eleições, “candidatos que apoiem efetivamente a agenda anticorrupção”.

Outros temas que merecem a atenção dos eleitores, segundo os procuradores, são o foro privilegiado e a delação premiada, “um dos mais importantes instrumentos de investigação”, nas palavras de José Augusto Vagos, do Rio.

Até agora, dizem eles, a Lava-Jato recuperou R$ 700 milhões desviados.

“Votação na Alerj foi um alerta do que pode vir”

A carta da força-tarefa relembra votação da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) que colocou em liberdade os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi, todos do PMDB.

O pleito ocorreu um dia após decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) pela prisão dos políticos por envolvimento com crimes investigados pela Operação Cadeia Velha. “Isso é um alerta do que está por vir se nada mudar”, disse Dallagnol. 

Também estiveram presentes as procuradoras Anamara Osório Silva e Thamea Danelon, de São Paulo; e o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, de Curitiba.

Relembre o caso

Os deputados estaduais do PMDB Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo tiveram de voltar a se apresentar na superintendência da Polícia Federal no dia 21 de novembro, pouco depois de o TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) determinar que eles voltassem à prisão.  Os três haviam sido presos no dia 16 na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava-Jato no Rio, mas foram soltos no dia seguinte, após votação na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), sem que houvesse notificação judicial.

O plenário da Alerj decidiu, por 39 votos a 19, revogar a prisão do trio, e no mesmo dia um funcionário da Casa seguiu para a penitenciária, já munido de um documento que informava à direção da unidade prisional que Albertassi, Picciani e Melo deveriam ser soltos.

De acordo com o procurador Carlos Aguiar, do MPF (Ministério Público Federal), para deixarem a cadeia seria necessário uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou do STF (Supremo Tribunal Federal). “Não cabe mais à Alerj se pronunciar sobre esse aspecto”, explicou.

Em votação por unanimidade, os desembargadores do TRF-2 decidiram pela prisão dos deputados. A Justiça Federal também determinou o afastamento deles da Alerj.

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