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Mundo As mudanças no Facebook já começaram nos Estados Unidos. Em vez de notícias, a rede social vai privilegiar as postagens de amigos

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Administradores das páginas terão seus dados repassados à Justiça Eleitoral. (Foto: Reprodução)

O Facebook anunciou uma mudança em sua política de publicação para privilegiar posts de amigos e parentes e dar menos espaço para aqueles de companhias, marcas e empresas de notícias. Ao longo das próximas semanas, os usuários verão menos vídeos virais e artigos compartilhados por organizações de mídia e negócios e mais fotos e textos publicados por amigos.

Sites especializados, a exemplo do Business Insider, relatam que desde o último sábado os usuários norte-americanos já estão vendo menos publicações de reportagens e mais postagens de amigos e familiares na plataforma. O volume de propagandas não-pagas também estaria menor nos últimos dias.

O diretor-executivo, Mark Zuckerberg, anunciou que o objetivo é que o tempo na rede social seja “bem gasto” e mais “significativo”. A alteração pode afetar organizações de mídia e empresas que usam o Facebook para compartilhar seu conteúdo. Segundo o fundador da rede social, a ideia é ajudar os usuários a se conectar com quem se importam, e não torná-los deprimidos ou isolados:

“A pesquisa mostra que, quando usamos a rede social para nos conectarmos com pessoas com as quais nos importamos, pode ser bom para nosso bem-estar. Podemos nos sentir mais conectados e menos sozinhos, e isso está ligado a felicidade e saúde no longo prazo. Por outro lado, ler artigos de forma passiva ou ver vídeos, mesmo que sejam de entretenimento ou informativos, pode não ser tão bom”, escreveu Zuckerberg em um post.

Publicidade

A mudança não vai afetar a publicidade: os usuários continuarão a ver os mesmos anúncios que antes, sejam “significativos” ou não. Mas os negócios que usam o Facebook como se conectar com seus clientes sem pagar pelos anúncios também serão afetados.

Assim, o feed do Facebook terá menos posts de marcas, negócios e empresas de mídia que não sejam pagos e mais de pessoas. Haverá também menos vídeos, considerados “passivos”. Zuckerberg afirmou, ainda, que a veiculação de vídeos e outros conteúdos públicos (posts de marcas, negócios e empresas de mídia) explodiu nos últimos anos, “excluindo os momentos pessoais que nos levam a conectar com as pessoas”.

Segundo a companhia, a tendência é que as pessoas passem menos tempo no Facebook após a mudança. A preferência por posts que considera mais “significativos” e a redução da ênfase em outros podem reduzir o papel gigante da rede social como uma fonte de notícias para muitas pessoas.

“É a mesma direção que o Facebook está buscando há um tempo: oferecer um local de debate entre indivíduos, um espaço de comunidade, mais que uma fonte de notícias. O Facebook quer que os amigos se tornem mais próximos, tenham discussões mais profundas. A tendência é que o tráfego para os sites de mídia pelo Facebook diminua”, afirmou o pesquisador sênior em notícias digitais da Fundação de Imprensa da Coreia, Oh Se-uk.

O Facebook vem sendo criticado por criar “bolhas”, em que as ideias são reforçadas por pensamentos semelhantes de posts de amigos na rede social. Os questionamentos incluem críticas, inclusive por parte de especialistas, em relação ao fato de o Facebook, que começou como plataforma de engajamento, estar se transformando em uma espécie de “canal pago”.

Desafio

As mudanças ocorrem após um ano duro para o Facebook, que incluiu convocações pelo Congresso Nacional dos Estados Unidos para explicações sobre o uso da rede pela Rússia para influenciar as eleições norte-americanas de 2014, que levaram à vitória do bilionário republicano Donald Trump sobre a senadora e ex-primeira-dama democrata Hillary Clinton.

Facebook e outras redes sociais também vêm sendo criticados por acabarem contribuindo para a disseminação de notícias falsas (as “fake news”, no inglês). Diante das pressões, têm se movimentado para combater esse conteúdo.

Conforme o jornal “New York Times”, porém, a mudança no algoritmo pode acabar reforçando as “fake news”, caso sejam compartilhadas pela rede de amigos dos usuários. Na semana passada, Zuckerberg disse que seu “desafio pessoal” para 2018 é o de “consertar o Facebook”.

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