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| As mulheres agora poderão chegar ao posto de general no Exército brasileiro

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Medida é inédita na história do País. (Foto: Agência Brasil)

Pela primeira vez na história do Exército brasileiro (fundado em 1822), as mulheres poderão se tornar oficiais combatentes e chegar à patente de general e até mesmo ao comando da Força Armada. Desde o início do ano, ao menos 33 alunas foram recebidas na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), em Resende (RJ), e serão as pioneiras na linha de ensino militar bélico da corporação.

No fim de janeiro, elas foram recebidas na instituição, oriundas da EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército) para o período de adaptação e, nesse sábado, entraram oficialmente na Aman, na cerimônia de passagem dos novos cadetes pelo Portão Monumental. Somente após essa cerimônia, o aluno passa a ser chamado de cadete e, após o curso de quatro anos de formação de oficial combatente, é declarado como aspirante a oficial.

Em entrevista à imprensa, a aluna Ana Luiza Santana, 19 anos, declarou que o primeiro ano na Escola foi muito gratificante. “Saí de lá bem melhor que entrei”, disse. “Homens e mulheres têm pontos de vista diferentes sobre os mesmos assuntos e isso pode acrescentar ao Exército”, ressaltou ela ao comentar a decisão do Exército em aceitar as mulheres na linha bélica. “Isso está sendo uma vitória para mim. A formação é difícil mas sinto que consigo me superar a cada dia.”

De acordo com o subcomandante da Aman, coronel Sebastião Roberto de Oliveira, há quase 30 anos o Exército tem comandantes e oficiais do sexo feminino em áreas como tecnologia, saúde e educação. “Já não nos causa estranhamento a presença de mulheres [na Força Armada], encaramos de forma natural. Há uma integração positiva entre eles. E agora elas vão estar mais na frente de combate”, avaliou.

Adequação

Oliveira explicou que toda a academia foi preparada e adaptada para a inserção das mulheres, foram feitas tanto mudanças estruturais, em alojamentos e regulamentos de vestimenta, por exemplo, como a capacitação de instrutores. “Mas não tem tratamento diferenciado”, disse, ressaltando que os aspectos fisiológicos e capacidades físicas são respeitadas.

Para o coronel, as características que são mais expressivas nas mulheres também poderão contribuir para sua função no Exército. “A comunicabilidade da mulher pode ajudar em alguns aspectos. Elas também são mais detalhistas, e podem contribuir também com essa habilidade”, elogiou. “Estamos bastante felizes. É algo natural na sociedade, a mulher sendo valorizada. Somos parte da sociedade, e a presença da mulher é bastante importante.”

Segundo a aluna Maria Cecília da Silva Vieira, 18 anos, a adaptação na Aman está acontecendo de forma natural. “A gente não fica lembrando que é a primeira turma [com mulheres], me sinto incluída, especialmente pelos homens da minha turma”, disse. Ela revela que ainda não pensou qual curso escolherá na academia. “Aqui, na Aman, como é muito puxado [o treinamento], acho que posso falar por todos os alunos, que a nossa aspiração é chegar até o final de semana”, disse ela, rindo.

O concurso para a EsPCEx reservou 10% do número de vagas para elas. Ao todo, 400 homens e 40 mulheres ingressaram na escola preparatória. Dessas, 33 passaram para a Aman. Este ano, elas realizarão o curso básico e, do segundo ao quarto anos na academia, os cadetes seguem a formação já dentro de cada especialidade – Armas (infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia e comunicações), Quadro de Material Bélico ou Serviço de Intendência.

Para o aluno João Pedro Gomes, 19 anos, é uma honra estar na primeira turma com as mulheres. “Não existe competição, existe cooperação para o trabalho. Eu acho que vai ser ótimo para o Exército”, disse.

 

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https://www.osul.com.br/as-mulheres-agora-poderao-chegar-ao-posto-de-general-no-exercito-brasileiro/ As mulheres agora poderão chegar ao posto de general no Exército brasileiro 2018-02-17
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