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Geral As publicações em redes sociais são levadas em conta na hora de pedir um empréstimo

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Por onde andamos, deixamos rastros. O que compramos, como pagamos, se pagamos. Qual a profissão e com quem nos relacionamos. (Foto: Reprodução)

O Diário Oficial publicou, na sexta-feira (28), a medida provisória que cria a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). Esse órgão vai fiscalizar a aplicação da lei que regula o uso comercial de informações pessoais dos cidadãos, como nome, idade, endereço e e-mail.

Segundo a lei geral de proteção de dados, sancionada em agosto, todas essas informações só podem ser utilizadas se houver consentimento explícito do cidadão.A autoridade nacional de proteção de dados tem poder fiscalizador sobre qualquer banco de dados que armazene essas informações.

A ANPD vai criar meios para as queixas dos cidadãos e aplicar sanções. Será formada por integrantes do Executivo, do Legislativo, do Conselho Nacional de Justiça, do Ministério Público, de entidades da sociedade civil e de empresas.

Essa lei que protege os dados do cidadão permite que empresas que concedem crédito acessem informações nas redes sociais para verificar o perfil de quem não pode comprovar renda.

Informações que as pessoas publicam na internet, em redes sociais, estão sendo levadas em conta quando elas tentam conseguir um empréstimo de dinheiro. E, para milhões de brasileiros que não têm emprego formal, isso pode ajudar.

Muito além do comprovante de residência e do holerite. Novas informações – como as que você coloca nas redes sociais – começam a ser levadas em conta na hora de conseguir um empréstimo. E isso pode ajudar milhões de brasileiros que não têm emprego formal.

Por onde andamos, deixamos rastros. O que compramos, como pagamos, se pagamos. Qual a profissão. Com quem nos relacionamos… quase tudo isso vai parar na internet.

Muitas dessas informações, somos nós mesmos que damos, nas redes sociais. Programas de computador, conhecidos como robôs, são capazes de juntar todas elas – como num quebra-cabeça – formar o nosso perfil. Com base nele, o robô avalia qual a nossa capacidade pagar um empréstimo, nos dá uma nota e, de acordo com ela, vamos pagar mais ou menos juros.

“Quanto mais peças você consegue dessa quebra-cabeça e quando você consegue encaixá-las no lugar certo, você vai compondo um perfil mais nítido”, diz Karin Thies fundadora da empresa.

Esse Big Brother virtual pode parecer um tanto assustador, mas foi graças a ele que o Fernando conseguiu um empréstimo para, entre outros gastos, fazer a manutenção da van escolar que dirige. Ele é um microempresário e tinha dificuldades de conseguir o dinheiro emprestado pelos meios convencionais, sempre faltava um documento.

“Papelada toda e você leva e chega lá o banco fala faltou isso, faltou aquilo ou não aprovamos”, diz Fernando Marquezin da Morta, microempresário.

Foi aí que o Fernando decidiu usar o novo sistema. Bastou mandar a foto de um documento, de um comprovante de residência e uma selfie.

“Me pediram com os dados da conta corrente e me após a aprovação do crédito eles mandaram informação seu Fernando em dois dias ou três dias o dinheiro está na sua conta”, explica o microempresário.

Ao todo, 37 milhões de trabalhadores informais ou profissionais liberais não tem documentos como contracheque ou holerite. Aí, se conseguem um empréstimo ou crediário de loja acabam pagando juros mais altos.

É difícil se esconder do robô, se eu pegar meu celular para pedir um empréstimo, ele tem que saber muita coisa sobre mim.

Pelo sistema de geolocalização do celular, dá para saber quem está em uma esquina de São Paulo. E essa informação vai para os computadores de uma empresa. As bolinhas coloridas mostram pessoas no Brasil inteiro que estão pensando em tomar crédito e a localização delas pode ajudar a confirmar informações que elas forneceram como, por exemplo, o bairro e a cidade onde trabalham e vivem.

Além das novas maneiras de avaliar o cliente, a empresa também usa métodos tradicionais para verificar se a pessoa é boa pagadora, como consulta à lista de inadimplentes. Ela tem parceria com trinta bancos, financeiras e lojas que querem um perfil mais preciso de quem quer dinheiro emprestado.

“As pessoas que têm notas melhores, elas têm consequentemente melhores condições de credito, seja melhor taxa, maior limite de credito ou parcelamento que seja melhor para sua necessidade”, encerra Ricardo Kalichsztein, da Bom para Crédito.

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