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Brasil As revelações de que o presidente da Câmara usou o nome de Jesus para registrar seus carrões e centenas de domínios na internet causam indignação a fiéis de várias denominações religiosas

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Eduardo Cunha sofre onda de críticas de evangélicos. (Crédito: Reprodução)

O povo merece respeito. Esse é o discurso de campanha e de vida do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No entanto, como diz o próprio povo, na teoria, a prática é outra. Réu em uma fila de processos, acusado em uma série de escândalos, a ficha suja de Cunha parece não ter fim.

Há alguns dias, o procurador-geral da República em exercício, Eugênio Aragão, revelou que o deputado tem uma frota de carrões em nome de Jesus. No caso, Jesus.com, uma de suas empresas. Na internet, são de propriedade de Cunha mais de 200 endereços com o nome de Jesus ou usando a religião em benefício próprio. Resumindo: Cunha praticamente privatizou Cristo na internet. Em seu nome.

Este tipo de comportamento tem indignado aqueles que seguem, de fato, os ensinamentos da Bíblia. O pastor presbiteriano Edson Fernandes é um dos que ficam perplexos ao ler as peripécias do deputado que, no Parlamento, prega contra a corrupção e fala em nome de Deus, mas ao descer da tribuna pratica tudo o que condena.

“Esse negócio de ter o domínio de Jesus na internet é muito simbólico. É uma heresia. Quem tem domínio de Jesus ou da fé? Esta lógica do poder e de riqueza é o contrário de tudo o que Cristo pregava. Mas Cunha não é o único. São vários como ele. É preciso fazermos uma reflexão profunda sobre isso”, disse Fernandes.

O pastor luterano Mozart Noronha, conhecido por ter feito o funeral de políticos tão distintos e distantes como o ditador Ernesto Geisel e o ex-governador Leonel Brizola, também é crítico da postura de Cunha.

“Estas igrejas neopentecostais são frequentadas por gente decente, humilde, mas ingênuas. São dominadas por lideranças contrárias ao Evangelho. Igrejas que viraram currais eleitorais e foram acopladas por partidos inescrupulosos. Isso nunca foi cristianismo. Este é o mundo de Cunha”, diz Mozart.

Mestre em teologia, Cândido Mendes se constrange ao ver tanta gente oposta ao cristianismo em eventos como a Marcha para Jesus, que, segundo ele, deturpam por completo o que diz a Bíblia. “São pessoas nocivas à vida pública. Moralistas na igreja e corruptos na prática cotidiana. Essa gente serve apenas ao poder. Quando vivemos sob ditadura, foi com o apoio deles. Cristo morreu ao fazer a opção por denunciar os corruptos que estavam no poder, em seu tempo. É o oposto do que fazem”, explicou.

Segundo os pastores, Cunha seria denunciado por Jesus Cristo se este vivesse entre nós. “Cristo viveu para fazer o bem e denunciava hipocrisia. Obviamente faria isso com Cunha”, disse.

Mais uma vez, a última semana foi marcada por novas denúncias sobre as suspeitas de corrupção que pairam sobre Cunha, desta vez, envolvendo as movimentações bancárias na Suíça.

O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou, na quinta-feira passada, o repatriamento do dinheiro que o peemedebista mantém no país europeu – cerca de 9 milhões de reais, que Cunha nega ter adquirido. Na Câmara, deputados seguiram pressionando pela renúncia de seu presidente e realizaram protesto. Parlamentares pedem a cassação ao Conselho de Ética da Câmara.

O STF investiga o presidente da Câmara por corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação. Segundo informações do Ministério Público da Suíça, Cunha, a esposa, Cláudia Cruz e a filha, Danielle Cunha, mantiveram quatro contas bancárias no país.

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