Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo As ruas de Caracas ficaram vazias em dia de greve geral contra o governo da Venezuela

Compartilhe esta notícia:

Homem caminha em rua vazia de Caracas, na Venezuela, durante greve geral. (Foto: Reprodução)

As ruas de várias cidades da Venezuela amanheceram vazias e com barricadas nesta quinta-feira (20), dia de greve geral convocada pela oposição para protestar contra a eleição da Assembleia Constituinte convocada por Nicolás Maduro para o dia 30. A paralisação de 24 horas surtiu efeito em cidades dos Andes à Amazônia.

Muitas empresas privadas de transporte aderiram ao movimento, enquanto estudantes e ativistas improvisaram bloqueios nas ruas com móveis e lixo. “Nós precisamos fazer nosso melhor para nos livramos desse tirano”, disse Miguel Lopez, 17 anos, segurando um escudo improvisado com a frase “não à ditadura”, em meio ao bloqueio de uma das ruas de Caracas.

Na capital, somente alguns restaurantes, lojas de roupas e bancos funcionaram. As pessoas caminhavam pelas ruas vazias, já que os ônibus públicos não circularam. Apenas o metrô funcionou, mas as estações localizadas em enclaves opositores foram fechadas. Nas ruas perto da estação de TV estatal VTV, manifestantes e funcionários do canal se enfrentaram e trocaram pedradas. A Guarda Militar interveio, dispersando os opositores com gás lacrimogêneo.

Em outras regiões do Leste, como Altamira, e do Oeste, como El Paraíso, também houve enfrentamentos. “As ruas estão desoladas, incluindo aquelas próximas ao ditador”, disse o líder opositor Freddy Guevara, que publicou em uma rede social imagens de avenidas vazias próximas ao Palácio Miraflores, sede da presidência. “Nós enchemos e esvaziamos as ruas quando nós queremos protestar.”

Em Barinas, Estado natal de Hugo Chavez que tem visto um crescimento da oposição, a adesão foi grande, segundo autoridades locais. “A greve foi um sucesso total: 98 % dos negócios estão fechados e 94% do transporte público não está circulando”, disse Jose Luis Machin, prefeito da cidade e membro da oposição.

A adesão, contudo, não foi unânime. Em redutos chavistas, como os bairros Catia e 23 de Janeiro da capital, as ruas e lojas estavam cheias. “Como poderei comer se não trabalhar?”, disse Jose Ramon, 50 anos, enquanto cortava bananas e melões em sua barraca em um mercado de Catia.

O presidente Maduro se declarou nesta quinta-feira (20) vencedor diante da greve, dizendo que os setores chaves da economia, petróleo, elétrico e administração pública, continuavam funcionando. Ele reconheceu apenas falhas no serviço de ônibus, que disse funcionar 90%. “Voltamos a triunfar, agora rumo a domingo 30 de julho, de vitória em vitória”, afirmou, em referência à data da eleição da Assembleia Constituinte.

As empresas estatais permaneceram abertas. “Estou em greve em meu coração, porque se não for trabalhar, vou ser demitida”, disse uma engenheira da planta estatal de aço, no Estado de Bolivar.

Os quatro meses de protestos antigoverno foram marcados por violência e já deixaram 97 mortos e milhares de feridos no país.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Empregado doméstico passará a ter direito ao FGTS
Mosaicos romanos são danificados em restauração na Turquia
https://www.osul.com.br/as-ruas-de-caracas-ficaram-vazias-em-dia-de-greve-geral-contra-o-governo-da-venezuela/ As ruas de Caracas ficaram vazias em dia de greve geral contra o governo da Venezuela 2017-07-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar