Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2018
Em uma ação que durou cerca de uma hora, homens armados roubaram uma carga de telefones celulares avaliada em R$ 3,4 milhões no terminal de cargas do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no último domingo (15). De acordo com Sindicarga (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Logística do Rio de Janeiro), os assaltantes rumaram para a Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte, localizada próxima do aeroporto.
A transportadora dos celulares, que já sabia da onda de roubo de cargas no Rio de Janeiro, precaveu-se e colocou rastreadores em alguns aparelhos, que indicaram que a carga foi levada para a favela.
As informações sobre o assalto foram confirmadas pelo diretor de Segurança do Sindicarga, coronel Venâncio Moura, que disse que essa mesma quadrilha já tinha agido da mesma forma, uma semana antes, também no setor de cargas do Galeão, quando roubaram uma carga de iphones da Apple, avaliada em RS 2 milhões.
Segundo o Sindicarga, o grupo entrou pelo portão principal do setor, rendeu os funcionários e após o roubo saiu tranquilamente do local. De acordo com o diretor de Segurança do sindicato, em apenas uma semana o prejuízo é superior a R$ 5 milhões com os dois roubos.
O roubo será investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.
Em nota, o consórcio RIOgaleão, que administra o aeroporto, informou que “está à disposição para apoiar as investigações”.
Fuzis no Galeão
Recentemente o Exército Brasileiro emitiu parecer favorável para que a Polícia Civil do Rio de Janeiro recebesse 15 fuzis AR-10 (que têm calibre 7,62 por 51 milímetros), apreendidos em uma operação no Aeroporto do Galeão em junho do ano passado. Por outro lado, foi negada a doação de outros 45 fuzis do modelo AK-47 (de calibre 7,62 por 39 milímetros).
Conforme o Decreto 5.123/2004, as armas de fogo apreendidas no Brasil, quando não mais interessam à investigação criminal e ao processo penal, devem ser encaminhadas pela Justiça ao Exército, o qual tem um prazo de 48 horas para destruí-las ou doarem a órgãos de segurança ou a uma das Forças Armadas. Conforme o Artigo 65 da norma, as doações devem levar em conta “o padrão e a dotação de cada órgão”. A Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou os 60 fuzis.
Exército informou em nota que o repasse dos 15 fuzis AR-10 foi autorizado no final do ano passado “por não haver nenhuma divergência entre o solicitado e a legislação vigente”. Por outro lado, o parecer apontou que não há previsão de dotação institucional de armas com calibre 7,62 por 39 milímetros, como os fuzis AK-47, para as polícias civis no Brasil.
No entanto, a doação dos fuzis AK-47 ainda pode ocorrer. O Comando do Exército vai avaliar um estudo elaborado pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados que poderá levar à atualização da portaria que estabelece o quadro de dotação de armas para as polícias civis de todo o País. “Em assim sendo, tal ação viabilizará a doação daquelas 45 armas, atendendo o aspecto legal exigido”, registra a nota.