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Política Assessora da vereadora assassinada no Rio deixou o Brasil por medo de represálias

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Carro em que Marielle estava quando foi baleada. (Foto: Divulgação)

Uma assessora da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o seu marido deixaram o país por segurança. A assessora, que tem o nome mantido em sigilo, estava ao lado da vereadora no momento em que quatro tiros atingiram e mataram a parlamentar há um mês, na noite de 14 de março. Dos quatro, três atingiram o motorista Anderson Gomes

“A coisa de sobrevivente me marcou muito. Porque eu queria a Marielle viva. Porque eu queria o Anderson vivo. Porque sobreviver é uma coisa muito cruel. Por que eu preciso sobreviver? Que coisa horrenda é essa? Que violência é essa?” A declaração foi dada pela assessora, em 18 de março passado, quatro dias após ao crime.

Na ocasião, a assessora contou que se disse “despedaçada” pelo que ocorreu: “Eu estou apavorada. Eu estou despedaçada”. A assessora afirmou, na ocasião, ter ouvido uma rajada e não ter se dado conta, inicialmente, de que Marielle havia sido assassinada. A assessora pensava se tratar de um tiroteio na região por onde passava.

O caminho

A Polícia Civil procura descobrir todo o trajeto do carro utilizado para matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março. Câmeras de monitoramento flagraram o carro em dois momentos no dia do crime – Itanhangá, na Barra da Tijuca e Tijuca, na Zona Norte.

A polícia procura saber agora também o caminho percorrido pelo carro usado no crime depois das execuções, e se o veículo, após o assassinato na rua João Paulo I, voltou de ré e fugiu pela rua Joaquim Palhares em direção à avenida Brasil. O veículo usado no crime é clonado. A reportagem conseguiu encontrar a compradora do Cobalt original, que foi ouvida na Divisão de Homicídios.

Há um mês

Após um mês do crime, as famílias de Marielle e do motorista Anderson desabafaram sobre a falta de resultados das investigações até o momento: “Tentaram matar uma mulher, ressuscitaram a esperança. E agora a gente ganha mais voz. Porque a voz da Marielle não pode ficar calada com a destruição do corpo dela. Eles, na verdade, mataram a Marielle e deram um megafone para a gente. Para a gente gritar que não vai ficar dessa forma. Não vão nos calar dessa maneira. Então, eu acho que o recado que a gente vem reforçando, diariamente, é que a Marielle não vai ser mais um desses casos. Que isso vai ficar impune. A gente quer o responsável, que atirou e a gente quer, principalmente, quem mandou fazer porque isso é muito grave. O assassinato da Marielle foi um crime gravíssimo à democracia que está escorrendo entre nossas mãos”, desabafou Mônica Benício, viúva de Marielle.

Reunidos, os integrantes da família de Anderson aguardam a solução do caso. “Que peguem quem fez isso. É o que a gente espera agora. O Anderson não vai voltar. A gente vai ter que se acostumar com a saudade, com a falta mas que não seja em vão, já que a maioria dos casos que a gente vê, que a gente tem conhecimento, é de não pegar quem cometeu o crime. E a gente só espera que solucione, tanto para ele e para a Marielle. Acho que é o que a gente espera agora”, declarou Ágatha Aranaus, viúva de Anderson. Chorando, a mãe de Anderson, se desesperou com a situação.

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https://www.osul.com.br/assessora-da-vereadora-assassinada-no-rio-deixou-o-brasil-por-medo-de-represalias/ Assessora da vereadora assassinada no Rio deixou o Brasil por medo de represálias 2018-04-13
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