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Política A Associação dos Delegados diz que o governo desmonta a Polícia Federal

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(Foto: Divulgação)

O delgado Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, afirmou que a suspensão da emissão de novos passaportes por tempo indeterminado é uma situação “constrangedora” para a PF.  Ele disse que o governo federal diminuiu o orçamento previsto para a confecção dos passaportes em 2017. A corporação emite, em média, 11 mil documentos por dia.

Carlos Eduardo Sobral afirmou que a suspensão da emissão de passaportes não decorre de briga política com o governo. Ele disse que, com a redução do orçamento, a corporação tem registrado um encolhimento institucional. Sobral afirmou que a situação só será superada quando a Polícia Federal tiver uma autonomia que proíba contingenciamento e cortes. Ele também alegou que a PF fez alertas ao governo informando que o orçamento iria acabar. Agora, é necessário que haja uma mudança na Lei Orçamentária para que haja mais créditos disponíveis para serem repassados à Casa da Moeda, que responsável pela confecção dos passaportes.

O delegado também esclareceu que a taxa de R$ 257 paga para a confecção dos passaportes, não vai para a Polícia Federal. Segundo ele, o dinheiro é destinado a um fundo contingenciado pelo governo, que a PF não tem autonomia para gerir. Carlos Eduardo Sobral esclareceu que é preciso alterar a lei orçamentária para que esse recurso seja descongelado e repassado à Casa da Moeda.

Ele ressaltou que quem fez o pagamento da taxa até está terça-feira, dia 27 de junho, receberá o documento normalmente. Segundo o delegado, as pessoas que pagarem a taxa a partir de hoje vão receber o documento somente depois de uma mudança na lei orçamentária que permita que recursos de outra área sejam realocados na emissão dos documentos.Carlos Eduardo Sobral criticou a falta de autonomia da Polícia Federal e dos constantes cortes orçamentários que a instituição tem enfrentado. O agendamento on-line do serviço e o atendimento nos postos estão mantidos, mas não existe previsão para a entrega dos passaportes.

Lava-Jato perto do fim

A notícia de que acabou o dinheiro para a Polícia Federal emitir passaportes acendeu um sinal de alerta entre agentes e delegados da instituição. Nas últimas horas, os policiais discutiram em fóruns internos se essa interrupção da emissão do passaporte brasileiro seria um prenúncio de cortes de verbas para as investigações de maneira geral e, principalmente, para as grandes operações como a Lava-Jato e a Patmos – essa que resultou na denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.

Em declarações oficiais e extraoficiais, relataram que esse eventual contingenciamento de verbas poderia ser uma espécie de vacina do governo em resposta ao que o presidente chamou de  “ilações” dos investigadores contra ele. O próprio Temer disse em seu pronunciamento de defesa nesta terça que a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele era baseada em uma ilação.

“Esse corte é algo que nos preocupa a partir do momento em que o Governo demonstrar que pode haver um novo contingenciamento”, alertou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Boudens.

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https://www.osul.com.br/associacao-dos-delegados-diz-que-governo-desmonta-policia-federal/ A Associação dos Delegados diz que o governo desmonta a Polícia Federal 2017-06-28
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