Brasil A Associação Médica Brasileira vai à Justiça contra as mudanças no programa Mais Médicos

Apenas em novembro, Polícia Federal autorizou a permanência de 58 cidadãos de Cuba. (Foto: EBC)

A AMB (Associação Médica Brasileira) planeja recorrer à Justiça contra as mudanças nas regras do programa Mais Médicos, criado para levar profissionais ao interior do País. Essa decisão é motivada pelo anúncio do ministro da Saúde, Ricardo Barros, de que os Estados e municípios poderão fazer convênio direto com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) para a contratação de médicos cubanos para unidades básicas de saúde.

Hoje, o modelo em vigor prevê convênio entre a organização, que faz a ponte com Cuba, e o Ministério da Saúde, responsável por repassar o valor acertado em contrato para custeio dos profissionais. Na prática, a medida permite que os municípios possam ampliar o número de médicos estrangeiros no programa, por meio de recursos próprios.

Na avaliação do presidente da AMB, Florentino Cardoso, a mudança causa preocupação, pois permite um aumento nas vagas de médicos sem diploma revalidado no Brasil. Ele ressalta que os últimos editais do Mais Médicos também têm obtido maior adesão de brasileiros formados no País, o que não justificaria a medida que visa o convênio direto para contratação de cubanos.

“Sempre defendemos que os médicos formados no exterior podem trabalhar no Brasil, desde que sejam avaliados, ou seja, que façam o exame de revalidação do diploma”, declarou.

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